Passaram dez meses desde a assinatura do pacto de agressão, subscrito pelo PS, PSD e CDS-PP e o FMI, a EU e o BCE, com o apoio do Presidente da República, ao serviço do grande capital.

Dez meses passados, é cada vez mais visível que a concretização do pacto de agressão promove o aumento da exploração capitalista e das desigualdades sociais e o afundamento do País


A Célula dos Trabalhadores Comunistas da C. M. de Setúbal apela a todos os trabalhadores desta autarquia para que participem na Greve Geral convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 22 de Março.

Contra o pacote laboral, o retrocesso social e civilizacional, contra a exploração e o empobrecimento, pela mudança de política, por um Portugal com futuro.


O Secretário-Geral esteve presente no almoço comemorativo do 91ª Aniversário, realizado no Seixal (Pavilhão da Siderurgia Nacional), no passado domingo. Em vésperas da Greve Geral de 22 de Março, Jerónimo de Sousa afirmou que a Greve é "justa e necessária" e que "são muitas e fortes as razões dos trabalhadores, das populações, do nosso povo, para se opor a uma política" que está a conduzir o país para uma situação insustentável.
 
  seixal 91 aniversario
Ao contrário do que é repetido incessantemente, o pacote de exploração e empobrecimento não é lei e depende da resistência e luta dos trabalhadores ele ser ou não aplicado nas empresas.
Este pacote é feito à medida do interesses do patrão, nada tendo a ver com medidas para ultrapassar a crise:
Ontem, 15 de Março, teve lugar uma audição pública com Organizações Representativas dos Trabalhadores (ORT's) do concelho de Palmela, sobre as alterações à legislação laboral, com a presença de Francisco Lopes, membro dos organismos executivos do Comité Central e deputado na Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Setúbal.
Nesta audição, em que, apesar da intensa preparação da Greve Geral, participaram ORT's das principais empresas e locais de trabalho do concelho, ficou expressa a rejeição destas alterações que o Governo PSD/PP querem impor, por significarem um agravamento da exploração e do empobrecimento e por não resolverem nenhum dos problemas com que o país está confrontado, apenas servindo para acrescentar lucro ao lucro para os grupos económicos.
Ficou também patente na Audição uma confiança que, apesar do silenciamento, da repressão nos locais de trabalho, da asfixia financeira que muitos trabalhadores vivem actualmente, a Greve Geral de 22 de Março irá ser um sucesso e será um passo no caminho da derrota desta política.
A CDU Barreiro vai levar a efeito no próximo dia 17 de Março, durante todo o dia, com início às 9.00h no mercado de levante / freguesia do Alto do Seixalinho, uma acção de esclarecimento e debate nas 8 freguesias do Concelho, no quadro da luta da defesa do Poder Local Democrático de onde sobressai a necessidade de manter as 8 freguesias deste concelho tal como hoje as conhecemos.
Nesta acção participam todos os eleitos, candidatos e activistas da Coligação Democrática que contactarão as populações deslocando-se em autocarro chamado o "Autocarro da Democracia", procurando no seu percurso contactar o maior número possível de munícipes, alertando-os e mobilizando-os para a luta contra um dos pilares mais significativos das conquistas da Revolução de Abril.

Inserido no contexto do pacto de agressão negociado entre PS, PSD e CDS e o FMI, BCE e UE, o Governo prepara-se para uma nova ofensiva contra quem trabalha. Na verdade, a proposta de lei 46/XII, apresentada pelo Governo PSD/CDS, que visa alterar para pior o código do trabalho é mais um violento e gravíssimo ataque aos direitos dos trabalhadores Portugueses.  

Com esta proposta de lei, o Governo pretende facilitar os despedimentos, por via de alterações ao conceito do despedimento por inadaptação e extinção do posto de trabalho, pretende tornar mais barato o despedimentos, por via da redução das indemnizações, visa desregular as relações laborais e facilitar a sua violação, reduzindo as informações a enviar para a ACT, visa reduzir salários, por via da redução dos montantes pagos a título de horas extraordinárias, visa desregular o horário de trabalho, por via do banco de horas individual e grupal, visa, entre outras malfeitorias, atacar a contratação coletiva e o movimento sindical.

O Executivo da Comissão Concelhia do Barreiro do PCP, reunido no dia 6 de Março, na exacta data evocativa do 91º aniversário da Fundação do Partido Comunista Português, saúda este forte momento histórico da constituição do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores. Partido da resistência antifascista, da liberdade e da democracia, o Partido da Revolução de Abril e das suas conquistas.