Chumbo do Estudo de Impacto Ambiental ao Aeroporto no Montijo

As notícias vindas na passada 2.ª feira a público pela SIC reforçam as questões que o PCP tem levantado quanto ao processo do reforço da capacidade aeroportuária de Lisboa, no qual o Governo minoritário do PS tem estado submetido aos interesses da multinacional Vinci.

Com a reportagem da SIC ficou mais uma vez demonstrado que a opção de construir um terminal aeroportuário na Base Aérea do Montijo é lesiva tanto dos interesses da população como do ecossistema do estuário do Tejo, e que, não correspondendo às necessidades futuras do transporte aéreo de e para Lisboa, fica a certeza de que apenas interessa à Vinci, que assim se libertaria da sua obrigação de construção de um novo Aeroporto de Lisboa.

Com aquilo que foi divulgado, no que diz respeito aos pareceres arrasadores sobre estudo do conflito da operação aeroportuária com a avifauna local, sobre os impactos no Rio Tejo, sobre o ruído que se estima ser particularmente penalizador para as populações do Concelho da Moita, e sobre as novas acessibilidades, o PCP exige a clarificação de todo este processo que até hoje tem decorrido com o maior sigilo, sem que sejam ouvidas as populações e as autarquias dos territórios afectados.

Sendo uma evidência a necessidade urgente de aumentar a capacidade aeroportuária nacional, a Comissão Concelhia da Moita do PCP relembra que estando aprovados todos os estudos ambientais necessários para o Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete desde 2008, cada ano que passa sem que se avance para a primeira fase da sua construção é um ano perdido que o País pagará num futuro próximo.

24 de Outubro de 2018
Comissão Concelhia da Moita do PCP