A confusão gerada com a entrada em vigor da nova organização dos tribunais, num contexto de falta generalizada de condições, como é público, vem provar a razão do PCP que desde a primeira hora se manifestou contra a sua implementação. Nas presentes condições, o novo Mapa só formalmente entrará em vigor no dia 1 de Setembro, pois a sua aplicação vai arrastar-se no tempo com elevados prejuízos para a realização da Justiça.

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UM INSULTO AOS TRABALHADORES E AO POVO DO BARREIRO

A homenagem a Alfredo da Silva, fundador da CUF, promovida durante esta semana, escamoteando o carácter de violenta e feroz repressão sobre os trabalhadores em luta, de recusa ao diálogo com os sindicatos e autoritarismo implacável que o caracterizou, constitui um insulto aos trabalhadores e ao povo do Barreiro.

Alfredo da Silva – deputado franquista na Monarquia, senador sidonista na República e procurador à Câmara Corporativa de Salazar – foi desde a primeira hora um dos sustentáculos do regime fascista, que condenou o povo português à fome, à exploração, à miséria, à guerra, ao obscurantismo e à privação das liberdades, durante quase meio século, assumindo-se como um entusiasta e financiador do Golpe do 28 de Maio, que abriu as portas à implantação do Estado Novo.
Os trabalhadores e o povo do Barreiro bem conhecem a verdadeira face desse que é hoje apresentado como industrial visionário: a face da brutal exploração dos operários, da repressão sobre todas as formas, de suporte e de dirigente omnipresente do regime fascista implantado em Portugal, que requisitou e instalou a PIDE e a GNR nas fábricas da CUF, no Barreiro, para reprimir quem ousasse levantar a voz contra o sistema.

O PCP iniciou, esta semana, a campanha «Defender o Serviço Nacional de Saúde, garantir o acesso aos cuidados de saúde». Decorrerão acções, por todo o País, numa campanha de esclarecimento e mobilização junto das populações. Das diversas acções a decorrer nos próximos dias, destacamos:

Sexta-feira, dia 27: Laranjeiro – 17h00 – Tribuna Pública, na Praça da Portela, com Jorge Pires da Comissão Política do CC do PCP.

Consulta aos privados é mais um passo para privatizar a Transtejo e a Soflusa

O governo do PSD/CDS tem anunciado nos últimos meses um conjunto de medidas sobre o sector dos transportes, e em particular sobre os transportes públicos na Área Metropolitana de Lisboa, envolvendo a privatização da EMEF, CP–Carga, Carris, Metropolitano de Lisboa, Soflusa e Transtejo. São importantes empresas de transportes públicos do país, estratégicas para o funcionamento global do sistema de transportes na AML, cuja privatização levanta as maiores preocupações quanto aos direitos dos trabalhadores do sector, dos utentes e populações, ao acesso aos transportes públicos e à mobilidade na região.
Com o lançamento pelo governo do processo de consulta pública aos privados sobre a privatização da Transtejo e da Soflusa, fica claro que está em marcha mais uma enorme operação de esbulho do património e finanças públicas desenhada à medida e desejo do grande capital. Foi dado mais um perigoso passo visando a criação de condições para entrega do estratégico sector dos transportes ao grande capital.

A Comissão Concelhia de Setúbal do PCP, reunida no dia 4 de Junho, analisou os resultados das eleições para o Parlamento Europeu, avaliou aspectos relacionados com a situação social no concelho e definiu linhas de trabalho do Partido num quadro que impõe o desenvolvimento da luta pela concretização de uma política alternativa patriótica e de esquerda.