Este OE, continua a lançar uma inaudita carga fiscal que pôs a economia de rastos, o que conduziu ao encerramento de milhares de MPME, o desemprego a disparar em flecha, e os cidadãos a verem desaparecer o Estado como "pessoa de bem" para se transformar num predador fiscal, que age em rapina sobre os mesmos de sempre.

Este OE a ser aprovado, além da inexistência de medidas fiscais e de objectivos estratégicos para as MPME (não teve em consideração a proposta apresentada pela CPPME, que propõe um conjunto de medidas fiscais e um plano estratégico nacional) mantém a continuidade do IVA a 23% e a manutenção dos escalões do IRS, o PEC – pagamento especial por conta, e outras medidas nefastas para o futuro dos MPME.

Um orçamento de classe

Um exemplo da natureza de classe desta OE é o confronto entre os cortes em prestações sociais e a contribuição para a banca. A uns corta 100 milhões de euros, à banca pede 30 milhões que nem sequer vão para os cofres do Estado. Por outro lado Portugal continuará a sangrar recursos públicos para satisfação dos interesses do grande capital: 8200 milhões de juros da dívida, 1320 milhões em PPP, e os 3900 milhões comprometidos com o BES, que irão já pesar no OE.

Estamos perante um Orçamento do Estado que irá conduzir à redução do poder de compra, à diminuição do consumo com implicações negativas em diversas actividades no mercado interno.

É neste sentido que a Comissão Regional dos MPME considera que é urgente romper com o actual rumo de destruição do país, e apela para que os MPME se manifestem e participem nas acções de protesto contra esta proposta de OE.

Defende o teu Futuro. Junta-te a nós!

A Comissão Regional dos Micro, Pequenos e Médios Empresários de Setúbal do PCP

(Nota: As propostas do PCP relativas ao Orçamento do Estado afirmam uma alternativa a este caminho de desastre. Estas propostas podem ser consultadas em www.pcp.pt)