Manifestam o seu repúdio pelas políticas do Governo que a coberto do Pacto de Agressão, subscrito pelo PS, PSD e CDS-PP com a Troika estrangeira, toma medidas gravosas e antipopulares que agridem os trabalhadores e o povo em geral. Os habitantes do Vale da Amoreira, em especial as camadas mais desfavorecidas e necessitadas vivem dias de penúria e sofrimento.

Os cortes salariais, os cortes das pensões e reformas, os cortes nos apoios sociais, o aumento das taxas moderadoras e de serviços de saúde do SNS; na Educação a falta de professores e de auxiliares de educação e o encerramento de equipamentos escolares; nos transportes os aumentos de preços de bilhetes, dos passes sociais e redução de benefícios a estudantes e idosos. Está em marcha a destruição de direitos conquistados com o 25 de Abril de 1974, nomeadamente o Serviço Nacional de Saúde e o Ensino Gratuito.

Não satisfeitos com estas medidas, ainda implementam legislação contra os trabalhadores e o povo, nomeadamente na Lei das Rendas que não é mais do que uma lei para despejar as pessoas das suas habitações, no aumento do custo de vida especialmente nos produtos de primeira necessidade. O desemprego, a falências de empresas e do pequeno e médio comércio, a destruição da classe média em benefício dos grandes senhores do capital.

Os comunistas do Vale da Amoreira preocupados por estas políticas neoliberais e fascizantes, alertam toda a população do Vale da Amoreira para os graves problemas sociais que estão a ser sentidos e abalar profundamente as famílias, muitas já a passar fome, outras a cair no limiar da pobreza, onde as próprias crianças já só comem uma única refeição quente, fornecida pela Câmara Municipal da Moita.

Consequência do aumento significativo do desemprego dos habitantes do Vale da Amoreira, da redução dos subsídios de desemprego e do RSI, os trabalhadores que não têm forma de sustento das suas famílias estão em risco de perder a seu lar (habitação), causadas pelo aumento de rendas sociais do IHRU, outras pela incapacidade do pagamento das prestações à banca sucedendo-se as acções de despejos por ordem do tribunal.

Estes são realmente os problemas muito sérios que afecta a maioria dos cidadãos desta terra. Não é o local onde se localizam as Festas da Freguesia que os elementos do PS elegem como um "problema", mas que não são mais que uma forma de atacar a Junta de Freguesia.

Perguntamos aos elementos do PS do Vale da Amoreira, se já tomaram posições de protesto contra a política dos governos do PS e agora do PSD/CDS que afecta drasticamente o povo do Vale da Amoreira? Como a fome, o desemprego, a Lei das rendas, dos transportes e passes sociais, da redução de benefícios sociais como subsídio de desemprego e o RSI, do aumento das taxas moderadoras, (criadas por um governo do PS), e por fim a liquidação das freguesias...

Estes factores são agravados pela falta de sensibilidade governativa que em vez das suas políticas económicas recessivas deveria promover o desenvolvimento económico, com apoios financeiros aos pequenos e médios comerciantes, estimulando assim o emprego.

Os comunistas do Vale da Amoreira não aceitam o Projecto-Lei do Governo que visa a extinção de freguesias cujo objectivo único é destruir o Poder Local Democrático consagrado na Constituição da República, porque prejudicaria a população que deixaria de ter serviços públicos que só a Junta de Freguesia proporciona.

Por isso, apelamos à população da Freguesia do Vale da Amoreira: participem na Manifestação em Lisboa no dia 31 de Março, contra a liquidação das juntas de freguesia. E para se alcançar uma mudança de política, para derrotar os projectos de liquidação das leis laborais, e a política de desastre do Pacto de Agressão, participem e apoiem a Greve Geral, convocada pela CGTP-IN para o dia 22 de Março, uma grande oportunidade para afirmar os valores do 25 de Abril e os direitos do povo português.