A redução das carreiras fluviais na Transtejo e na Soflusa e a consequente alteração dos horários na CP, na linha do Sado põe em causa o direito à mobilidade, à qualidade de vida das populações, ataca estas empresas públicas que prestam serviços essenciais e os postos de trabalho a pretexto do falso combate às despesas operacionais com estas empresas.

Não é com estas medidas que se resolvem os prejuízos das empresas do Sector Empresarial do Estado, como o Governo pretende fazer crer.

O que está em causa com estas medidas negativas é o favorecimento de grupos económicos, preparando estas empresas para a privatização e passar para a lógica do lucro o transporte público.

Os recentes aumentos nos valores dos bilhetes e passes, a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, a eliminação de serviços chamados "não lucrativos" e a consequente redução do número de postos de trabalho, repetindo as mentiras em torno das razões dos prejuízos destas empresas, "Transtejo e Soflusa", bem como outras empresas do Sector Empresarial do Estado serão certamente para os grupos económicos mais apetecíveis.

O PCP considera inaceitável esta situação, defende a manutenção destes serviços e apela à mobilização e luta dos utentes e trabalhadores contra estas medidas, exigindo a reposição das carreiras suprimidas.