A votação no Parlamento decorreu na sexta-feira dia 5 de Dezembro, demonstrando mais uma vez a lamentável atitude dos deputados do PS neste processo.

Desde o primeiro momento, os deputados comunistas manifestaram inteira disponibilidade para acolher propostas que permitissem alcançar uma solução de consenso.

Da parte do PS, a resposta foi pura e simplesmente votar contra.

Nenhuma proposta de alteração ao texto foi apresentada, nenhuma objecção concreta, nenhuma alternativa às medidas preconizadas pelo PCP.

Como o PCP sublinhou, a concretização da rede do Metro Sul do Tejo significou uma grande conquista para Almada e os Almadenses,

 mas resultou de uma obra que implicou também evidentes sacrifícios e dificuldades, com natural destaque para o comércio local.

As propostas apresentadas pelo PCP na Assembleia da República representariam, se fossem aprovadas, uma decisão de elementar justiça.

Um contributo concreto para fazer face à situação difícil destes comerciantes. agravada pelas desastrosas políticas económicas e sociais do Governo PS e em defesa da actividade económica e do emprego.

Por opção do PS, nada disto acontece.

Esta lamentável situação surge poucos dias depois de duas gravosas opções terem já sido tomadas pelos deputados do PS nesta matéria.

Trata-se da rejeição, no quadro do Orçamento do Estado para 2009, de propostas do PCP que seriam decisivas para as pequenas e médias empresas e para os utentes:

 - A preparação dos estudos e projectos para a expansão da rede do Metro Sul do Tejo até à Costa de Caparica;
 - A integração (sem custos acrescidos) do MST e da Fertagus no passe social.

 

PS inviabiliza integração do MST no passe social

O Orçamento do Estado prevê transferências de milhões de euros para as empresas concessionárias do Metro Sul do Tejo e do "comboio da ponte".

O PCP propôs que esses financiamentos só tivessem lugar se os transportes em causa fossem integrados no passe social, sem custos acrescidos ao que já hoje o utente paga.

A proposta foi rejeitada pelos votos contra do PS, do PSD e CDS-PP.

O sistema tarifário em vigor no Metro Sul do Tejo significa um aumento inaceitável nas despesas com os transportes.

O "complemento ao passe social" que os utentes têm de pagar para viajar no MST é claramente superior ao aumento que tiveram os salários e pensões da maioria dos trabalhadores e reformados.

Importa recordar que em todas estas matérias, o PS volta a tomar a mesma atitude que noutros importantes processos:

 -  exige e apoia medidas quando está em Almada...e rejeita as mesmas medidas no Governo e no Parlamento.

O voto contra do PS, inviabilizando estas propostas concretas que o PCP apresentou, vem confirmar e prosseguir a sua verdadeira actuação.

Uma política injusta, incoerente, contrária ao desenvolvimento e  aos interesses das populações,  uma política de direita.

O que se torna cada vez mais incontornável é a necessidade de intervir e lutar, pela ruptura com esta política e pela construção de uma verdadeira alternativa.

  

A Concelhia de Almada do Partido Comunista Português