Aos inadmissíveis cortes no subsídio de Natal, nos apoios sociais (abono de família, subsidio de desemprego, bolsas de estudo), o aumento da electricidade, do gás natural, dos transportes públicos, das taxas moderadoras na saúde, dos medicamentos, dos bens essenciais. Acrescem as medidas que diariamente são apresentadas pelo governo PSD/CDS no sentido de sacrificar e penalizar os trabalhadores e de subservientemente beneficiar e servir os interesses do grande capital e dos grupos económicos e financeiros.

Subserviência que fica bem patente na ausência de medidas de efectiva taxação dos grupos económicos, das grandes fortunas e a banca, o escandaloso apoio de 47 mil milhões concedido à banca em apoios e garantias pelo estado Português, ou quando se aprova uma alteração à legislação laboral visando facilitar e embaratecer os despedimentos.

Ao contrário do que o PS, PSD, CDS, patronato e comunicação social dominante dizem este programa de agressão não só não vai resolver problema nenhum do país como vai acentuar ainda mais a recessão e o endividamento externo.

O que este programa representa de facto é um enorme roubo para quem vive dos rendimentos do seu trabalho!

É mentira quando dizem que os "sacrifícios" são para todos!

Na Portucel os lucros aumentam e a exploração também!

Os resultados do primeiro semestre de 2011 da Portucel não deixam margem para dúvidas. Apesar da "crise", a Portucel obteve um lucro de 97,6 milhões de euros, mais 8% que em período igual ao do ano passado.

Os resultados obtidos estão marcados negativamente pelo aumento da exploração dos trabalhadores das empresas do grupo Portucel e pela precariedade e baixos salários das empresas prestadoras de serviços.

Senão vejamos: Qual foi a necessidade técnica ou de organização da produção que levou a que os administradores da empresa criassem várias empresas, como a Arboser, ATF, Headbox e Ema 21?. As razões para estas decisões encontram-se de facto claramente explicadas nos salários mais baixos e nos menos direitos que os trabalhadores das empresas do grupo auferem para o mesmo trabalho.

Mas para a administração da Portucel isto não bastava. Era necessário, para uma ainda maior exploração da força de trabalho, recorrer à contratação de serviços a empresas externas ao Grupo para trabalhos directamente ligados com a produção de papel, onde laboram trabalhadores a quem ainda se pagam salários mais baixos (perto do salário mínimo) e ainda com menos direitos.

Para além disto a Portucel em claro confronto com a Constituição da República Portuguesa penaliza os trabalhadores que pertencem às ORT's (Dirigentes, Delegados Sindicais, membros da Comissão de Trabalhadores), ou aqueles que através do exercício do direito à greve pretendem demonstrar o seu descontentamento, através do recurso a ameaças veladas por parte das chefias directas, impedimento do exercício de funções, e ou cortes no premio anual.

Esta realidade, demonstra claramente que as razões foram enfraquecer a unidade e capacidade de luta e reivindicativa dos trabalhadores, para aumentar a exploração dos trabalhores com o consequente aumento dos lucros do Patrão. Mas perante isto hoje como no passado será a luta e a unidade dos trabalhadores o caminho seguro para derrotar os propósitos patronais.

O PCP defende um outro caminho e um outro rumo para o país, com uma política patriótica e de esquerda:

. Aumento dos salários e pensões

. Defender os direitos dos trabalhadores e combater a precariedade

. Reposição imediata dos apoios sociais cortados e garantir o apoio e protecção sociais no desemprego, na doença, à família

. Defender e valorizar o Serviço Nacional de Saúde, a Segurança Social e Escola Pública

. Renegociar a dividida (nos prazos, juros e montantes)

. Defender e incentivar a produção nacional

. Combater as privatizações e assegurar o controlo pelo Estado dos sectores e empresas estratégicas

. Taxar os grupos económicos, as grandes fortunas e a banca.

 

RESISTIR e LUTAR!

1 de Outubro - dia de luta!

A unidade e a luta dos trabalhadores são indispensáveis para derrotar o programa de agressão das "troikas" e a violenta e profunda ofensiva que suporta esta politica!

Só a luta organizada pode fazer frente à política de direita, travar o agravamento da exploração, defender e afirmar direitos.

O PCP apela a todos os trabalhadores que participem no dia 1 Outubro na Manifestação convocada pela CGTP-IN.

GRANDE MANIFESTAÇÃO| 1 de OUTUBRO| 15h Lisboa

Luta contra o empobrecimento e as injustiças, contra o programa de agressão!

Luta pelo emprego com direitos, pelos salários, as pensões e os direitos sociais!

 

A célula da Portucel do PCP