As MPME's estão a sofrer as consequências da diminuição drástica dos rendimentos dos portugueses, que contrasta com as fortunas dos 25 mais ricos de Portugal que cresceram com a "crise" 17,4 mil milhões de euros.

Os erros são estratégicos e estão relacionados com a destruição do aparelho produtivo e a aposta feita pelos vários governos, desde a entrada na UE, nas grandes empresas e nos mercados globais, que grosso modo foram fracassando e que potenciaram uma frente de "guerra interna em Portugal", em que as micro e pequenas empresas foram suas vitimas, tendo sido, em muitos casos, absorvidas nas suas actividades pelos grandes grupos comerciais e financeiros, de que as grandes superfícies e mega centros comerciais são o maior exemplo. Além disso, estes têm sido os grandes impulsionadores das imensas importações que foram entrando neste país, contribuindo para os crescentes défices na balança de transacções correntes e que este governo uma vez mais quer continuar a proteger, dizendo que a aposta é total nas exportações, "esquecendo-se" que uma balança económica tem dois factores, as exportações, que são importantes, mas sobretudo, no caso concreto de Portugal, a dinamização do seu mercado interno, das suas micro e pequenas empresas, isto é, da produção de cariz verdadeiramente nacional, importando o menos possível.

O PCP apela à não resignação a estas politicas de miserabilismo económico, à luta contra os interesses instalados, em unidade com as demais classes sociais desfavorecidas.

Que resposta a Passos Coelho à "concertação social" que propõe, quando nos estão a assaltar as nossas empresas?

Só pode ser a unidade e a luta!