A grande expressão que a Greve Geral teve na região de Setúbal é uma inequívoca manifestação de repúdio às injustiças e medidas do governo do PS, apoiadas pelo PSD e pelo grande capital que, a pretexto de crises e défices, acentuam as dificuldades dos trabalhadores, enquanto deixa intocáveis os imensos lucros dos grupos económicos. Ao mesmo tempo, a Greve Geral é uma vitória contra a resignação e uma afirmação da necessidade de mudança de políticas, que alterem o rumo de Portugal e a vida dos trabalhadores e da população, um caminho de trabalho com direitos, de salários dignos, de combate ao desemprego, de aumento da produção nacional, de acesso à saúde e à educação.


Uma participação que ganha ainda mais expressão na greve considerando a pressão que se fez sentir em muitos locais de trabalho, de chantagem sobre trabalhadores em torno do seu vínculo, dos prémios a que têm direito, mas também através de uma forte campanha desvalorizando os objectivos da greve ou através da ideia da inevitabilidade das políticas tomadas pelo Governo PS e pelo PSD


O Executivo da DORS do PCP saúda os trabalhadores da Administração Pública, das autarquias locais, da segurança social, da saúde, educação e justiça; da metalurgia; da indústria naval; dos sectores automóvel, químico, da electrónica, dos cimentos, da construção civil, do bancário, dos transportes rodoviários, ferroviários e fluviais que estiveram em greve neste dia 24.


O PCP destaca a profunda compreensão e apoio da população da Península de Setúbal à greve e aos seu objectivos.


Como sempre aconteceu, foram os trabalhadores e o povo português que ergueram a bandeira da soberania, da independência nacional, do progresso do País, contra os interesses das classes dominantes, que mais uma vez abdicam dos interesses nacionais.


O PCP reafirma que só a luta é o caminho para derrotar a política desastrosa de direita e apela aos trabalhadores que prossigam a luta em defesa dos seus direitos, com a mesma determinação e confiança que o fizeram nesta Greve Geral.