Pela calada da noite de sábado para domingo, atentando contra os mais elementares direitos da actividade e intervenção política, aqueles que pretendem a todo o custo espartilhar o país a regra e esquadro, sem ouvir as populações e contra os seus direitos e interesses, cumpriram a sinistra tarefa de destruir um instrumento legítimo de propaganda política.


Aos que por todos os meios, incluindo métodos antidemocráticos e fascizantes, procuram cumprir as imposições do poder financeiro que está a levar o País e as populações para o abismo, afirmamos muito firmemente que continuaremos a lutar pelo respeito pela democracia e das suas regras essenciais e, nesta matéria do Poder Local Democrático, continuaremos a defender que o mesmo seja respeitado e que nenhuma reforma da organização do território seja feita sem que as populações sejam ouvidas e contra os seus interesses.


Lutaremos contra a extinção de Freguesias, contra a sua descaracterização enquanto primeiras representantes do Estado junto das populações, contra o desrespeito pela sua história, pelos seus costumes e pelas tradições das populações e em defesa dos postos de trabalho dos que prestam serviço nas Freguesias que, obviamente, seriam postos em causa com esta reforma.


A posição contrária claramente assumida contra a extinção de Freguesias estende-se, naturalmente, ao nosso concelho. Rejeitamos, frontalmente, a extinção das Freguesias de S. Simão e de S. Lourenço de Azeitão para a criação duma nova freguesia.


E não é com a destruição de legítimos instrumentos de propaganda política que nos combaterão. Desmascaram-se e revelam às populações o seu desrespeito pela Democracia. Reforçam a nossa vontade de continuar a luta pela defesa do Poder Local Democrático, contra a extinção de Freguesias e pelo respeito pela sua história, costumes e tradições e em defesa dos postos de trabalho.