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Redução do número de dias de férias de 25 para 22;
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Eliminação do descanso semanal obrigatório ao Sábado, diminuindo a retribuição correspondente;
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Diminuição da retribuição do trabalho nocturno;
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Eliminar a cláusula 11ª do AE em vigor – reestruturação de serviços;
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Eliminar o descanso compensatório;
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Redução do número de feriados e da remuneração;
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Reduzir a retribuição do trabalho suplementar (“horas extra” mais baratas);
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Eliminar o Prémio de chamada;
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Alterar a definição de funções (fazer dos trabalhadores “pau para toda a obra”);
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Eliminar profissões e alterar, para pior, as carreiras profissionais;
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Eliminar a base de indexação e as diuturnidades para os novos trabalhadores.
Esta proposta é tanto ou mais injusta, se tivermos presente que ela não visa mais do que à custa da redução efetiva das remunerações e direitos e dos trabalhadores, fazer crescer ainda mais os lucros do acionistas e manter ou mesmo aumentar as remunerações e prémios, milionários, dos titulares dos órgãos de gestão da Empresa.
A luta que os trabalhadores do Grupo Portucel vão desenvolver a partir de 25 Maio tem, como todos sabemos, como primeiro objetivo a defesa dos direitos a exigência que os lucros obtidos se reflitam na melhoria dos salários e direitos de todos trabalhadores que trabalham todos os dias no complexo sejam eles da Arboser, ATF, Headbox e Ema 21 ou até das empresas de subcontratadas. Em resumo ser-lhes reconhecido o efetivo direito ao trabalho e ao trabalho com direitos.
Bem podem os Administradores e outros responsáveis pela empresa promover uma campanha de desinformação e terrorismo, bem podem tentar substituir trabalhadores em greve por chefias quadros técnicos ou outras soluções apoiadas em empresas de segurança (todas elas Ilegais e anticonstitucionais) que não calam nem a razão nem a justeza da luta dos trabalhadores.
Estamos certos que, como a vida o tem demonstrado, é na luta e na unidade dos trabalhadores que está o caminho seguro para a defesa dos seus interesses de classe e melhoria das suas condições de vida.
O PCP assume hoje como sempre, o seu compromisso de classe com os trabalhadores que são a razão a sua existência. Solidariedade com a luta que desenvolvem e apoio em todos os espaços que intervém a luta que desenvolvem em torno dos seus interesses de classe e direitos.
A Célula dos Trabalhadores da Portucel
Setúbal, 24 de Maio de 2012