Em 26/10/2009, depois de plenários conturbados, Telmo Sousa foi eleito delegado sindical, por voto secreto e direto, tendo sido eleito também para a comissão de trabalhadores, que ajudou a criar, em 05/02/2010, não tendo tomado posse, porque três dias antes da publicação o serviço onde trabalhava foi transferido para a Isporeco.

Antes de aceitar ser representante dos trabalhadores, era reconhecido pela empresa como um bom trabalhador que inclusivamente deu formação aos restantes e tinha responsabilidades na área da qualidade. Depois da eleição para delegado sindical, foi colocado na produção e foi-lhe retirado o prémio de 100 euros a que tinha direito, enquanto trabalhador na área da qualidade.

Na Isporeco a sua atividade profissional foi sempre dificultada pela hierarquia da Palmetal. A última situação relatada foi resultante de uma auditoria em Julho 2013, da Palmetal, que concluiu por várias alegadas inconformidades sem qualquer fundamento, tendo originado a suspensão do trabalho e a instauração de procedimento disciplinar com intenção de despedimento. Deste processo disciplinar resultaram cinco dias de suspensão e a apresentação na empresa em 19 de Novembro de 2013. mas, os responsáveis da Palmetal não aceitam que o trabalhador retome as suas funções e, por esse facto, foi colocado no refeitório/escritório cedido pela Palmetal à Isporeco.

De acordo com a informação fornecida pelo SITE SUL esta atitude, de violação da ocupação efetiva do posto de trabalho já aconteceu em outro momento, verificado pela ACT, após reclamação do trabalhador. No entanto, como refere o SITE SUL, parece que o crime compensa, e a situação está a repetir-se. Como esta injustificada atitude da Palmetal, de obstrução à prestação efetiva do trabalho, constitui uma muito grave violação do artigo 129.º do Código do Trabalho, foi já requerida a intervenção urgente da ACT, tendo sido manifestada da parte do Sindicato toda a disponibilidade para participar em tudo o que seja útil para o esclarecimento da verdade.

Mais uma vez, o SITE SUL denuncia que esta não é só uma prática de desrespeito e ataque aos direitos de um trabalhador e de perseguição cobarde e autoritária a um cidadão no exercício dos seus direitos. É também uma prática de condicionamento antidemocrático à organização colectiva dos trabalhadores no seu todo dentro de uma empresa, que tem de ser denunciada e tratada como tal.

Os deputados do PCP, Bruno Dias, Francisco Lopes, Paula Santos, quiseram saber que conhecimento tem o Governo acerca desta situação, que intervenção tem sido desenvolvida pelas autoridades competentes, designadamente a ACT e que medidas estão concretamente a ser tomadas para averiguar, investigar e punir as práticas de ilegalidade e ataque aos direitos dos trabalhadores acima relatadas.

 

O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP