Como se não bastasse, a atitude de selecionar e colocar os trabalhadores na rua, antes do início da negociação, vicia o processo negocial porque, a partir deste momento, nada existe para se negociar, apenas e só a feitura da acta para a empresa consumar o despedimento.

O PCP já entregou na Assembleia da República uma pergunta ao Ministério da Economia e Emprego, pretendendo que o Governo intervenha no cumprimento dos direitos dos trabalhadores.

Com mais este despedimento, sobe o número de trabalhadores que desde 2012 deixaram o Parque. Para o PCP, é inaceitável que se resolva os problemas de baixa de produção à custa dos direitos dos trabalhadores, particularmente à custa do direito ao trabalho.

Os trabalhadores do Parque Industrial vivem tempos de incerteza, aliás, como a generalidade dos trabalhadores portugueses.

Foi o despedimento colectivo na Faurecia.

É o despedimento colectivo na Schenellecke.

Foi a tentativa de imposição de lay-off na Webasto e imposta como solução o banco de horas.

São as rescisões ou não renovação do contrato, com dezenas de trabalhadores nas várias empresas.

É a baixa de produção da Autoeuropa anunciada para Março.

É o roubo que o Governo, ao serviço da banca e dos grupos económicos, faz aos bolsos dos portugueses todos os meses.

Aos trabalhadores e ao povo português, o PCP afirma: existe solução para os problemas com que o país enfrenta: uma política e um governo patriótica e de esquerda

Uma política que:

rejeite o Pacto de Agressão assinado pelas troikas e renegoceie imediatamente a dívida em prazos, montantes e juros.

promova a produção nacional, criando riqueza e emprego.

valorize o trabalho, os trabalhadores e os seus direitos, e garanta uma justa redistribuição da riqueza.

rompa com o escandaloso favorecimento financeiro e fiscal à banca e grupos económicos.

coloque a administração e os serviços públicos ao serviço do país e capaz de garantir o acesso de todos à educação, saúde e protecção social.

recupere para o Estado o comando democrático da democracia, pondo fim às privatizações.

liberte Portugal das imposições supranacionais, contrárias aos interesses do desenvolvimento do país e aos direitos dos trabalhadores e do povo.