O conteúdo da proposta de revisão do AE apresentada pela Administração é uma afronta aos trabalhadores.

Propostas como: o banco de horas e adaptabilidade do horário de trabalho, que permite trabalhar até mais 4 horas por dia num máximo de 60 horas semanais; a redução de 25 para 22 dias de férias; a redução do valor do trabalho suplementar e fim do descanso compensatório; a redução do trabalho nocturno em 6 horas passando a ser considerado trabalho nocturno o realizado das 24h às 05h ao invés do realizado das 20h às 07h; a retirada da maioria dos subsídios; a retirada e redução do direitos colectivos coorporizada na tentativa de limitação dos direitos de delegados e dirigentes sindicais, como por exemplo, a redução das horas disponíveis para o trabalho sindical, é claramente uma tentativa enfraquecer a resposta dos trabalhadores, a esta ofensiva que, não vai ser aceites pelos trabalhadores, como ficou bem patente no plenário.

A Administração do Grupo Portucel apresenta esta proposta de AE respaldado na política de direita praticada no nosso país há mais de 30 anos e que sofreu um enorme incremento com este Governo PSD/CDS e no Pacto de Agressão assinado entre PS, PSD, CDS, FMI, BCE e UE .

Prova disso é o "acordo" assinado no âmbito da "concertação social" entre o Governo, a UGT e os patrões.

"Acordo"que pretende pagar menos pelo trabalho, aumentar a exploração e desemprego, para garantir ainda maiores lucros para o capital.

O que está em causa com o "acordo"está claramente à mostra nas propostas da Administração:

. Facilitação dos despedimentos e redução das indemnizações;

. Alargamento da precariedade e ataque à contratação colectiva;

. Redução do pagamento das horas extras e do trabalho em dias de descanso;

. Eliminação de quatro feriados e redução dos dias de férias;

. Imposição do banco de horas;

. Horários que podem atingir as 12 horas por dia e 60 horas por semana;

. Eliminação do dia de descanso compensatório;

. Redução do valor e tempo de atribuição do subsídio de desemprego;

Trabalho forçado e não pago!

a luta é o caminho para fazer valer os nossos direitos e interesses de classe!

Foi por causa da luta dos trabalhadores, nomeadamente a Greve Geral de 24 de Novembro de 2011, que o Governo abandonou a proposta de meia hora de trabalho à borla .

É com essa mesma luta que os trabalhadores hão-de derrotar as outras medidas de aumento da exploração e aprofundamento do empobrecimento da maioria do povo Português que o governo, UGT e grande capital acordaram na "concertação social".

É com a luta que os trabalhadores da Portucel vão manter o seus direitos conquistados pela luta e cosignados no AE e que Administração agora quer por em causa, é com a luta que vamos conseguir o alargamento da sua aplicação a todos os trabalhadores das empresas do Grupo Portucel Soporcel.

O PCP apela à participação de todos os trabalhadores na Manifestação Nacional dia 11 de Fevereiro em Lisboa. A concentração é às 14h30 no Cais de Sodré com manifestação até ao Terreiro do Paço. transporte organizado de Setúbal às 13h no Hotel Esperança.