Disto o PCP tendo dado eco na Assembleia da República através de propostas, projectos de resolução na defesa das micro, pequenas e médias empresas, e da necessidade urgente do apoio e do seu financiamento e às actividades produtivas nacionais.


Os aumentos bárbaros do IVA na electricidade e gás natural, produtos essenciais para o desenvolvimento das actividades económicas, com influência nos encargos do exercício dos MPME's (restauração e restantes sectores).


A tributação como o PEC - pagamento especial por conta, que faz pagar o mesmo a realidades e rentabilidades de exercício muito diferenciados, a existência do PPC - pagamento por conta, que obriga ao adiantamento de verbas com base nos resultados do exercício do ano anterior, que nada garante que venha a existir no ano seguinte, muito menos em recessão económica, são instrumentos que o PCP tem repudiado e tudo tem feito para alterar.


Sem dinheiro não se pode comprar

A insistência com medidas, que emanam do memorando da troika no qual PS, PSD e CDS estão envolvidos, só agravará ainda mais a actual situação das Micro Pequenas e Médias Empresas e seus empresários, com incidência sobre a vertiginosa diminuição do poder de compra das populações.

Hoje em muitos sectores, as pequenas empresas não têm clientes, porque os trabalhadores e os reformados não têm dinheiro e não podem comprar.


A Comissão Regional de Setúbal dos Micro Pequenos e Médios Empresários do PCP insiste e sublinha perante a gravidade da actual situação exige-se uma política adequada à realidade da economia portuguesa por forma a dinamizar o mercado interno, apostando na produção de cariz nacional, com uma mais justa distribuição da riqueza, que passe por discriminar pela positiva e não pela negativa as Micro Pequenas e Médias Empresas, colocando a pagar mais, quem mais pode e não o seu contrário.


A actual situação com que estão confrontados milhares de Micro Pequenos e Médios Empresários reclama medidas urgentes a par da ruptura com a actual política de fornecimento dos grupos económicos.



Convergência e acção comum


O PCP está na linha da frente no combate a esta política e é neste sentido que apelamos aos micro e pequenos empresários para se juntarem ao PCP, numa convergência e acção comum em defesa das suas aspirações e direitos e na salvaguarda do seu futuro.


É bom que todos saibam que não estamos só perante um governo incompetente. Estamos perante um governo que fez uma opção, pôs-se ao lado dos poderosos contra os mais fracos, pôs-se do lado do grande capital contra os trabalhadores, os reformados e os micro e pequenos empresários.