PCP questiona Comissão Europeia sobre quebra da produção de vinho

O PCP dirigiu à Comissão Europeia uma pergunta com pedido de resposta escrita sobre a quebra da produção de vinho.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatístico português, a produção de vinho em Portugal deverá ser a mais baixa dos últimos 20 anos. O calor excessivo causou escaldões nos bagos. As condições meteorológicas propícias ao aparecimento de míldio e oídio impactaram também fortemente na produção de 2018. Excetuando o Algarve (aumento superior a 5%) e o Alentejo (produção semelhante a 2017), todas as regiões deverão registar menos produção, prevendo-se uma redução global de 20%, para os 5,2 milhões de hectolítros. A região de Setúbal foi particularmente afectada.

Esta quebra da produção de vinho em Portugal contrasta com a subida registada à escala global: Este ano, a produção vitivinícola mundial atingirá os 282 milhões de hectolitros, um dos valores mais altos do século, anunciou a OIV - Organização Internacional da Vinha e do Vinho. Só Portugal e Grécia contrariavam essa tendência na Europa.

O PCP, através do seu deputado Miguel Viegas, perguntou à Comissão Europeia que ajudas estão previstas dentro e fora dos instrumentos da Política Agrícola Comum para apoiar estes produtores e que medidas estão a ser preparadas no sentido de adaptar a futura PAC às alterações climáticas e à necessidade de melhorar os seguros existentes que não chegam à produção.

O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP