INTERVENÇÃO DE JOAQUIM JUDAS, 

CANDIDATO DA CDU À CÂMARA MUNICIPAL DE ALMADA

Camaradas e Amigos

Quero começar por agradecer a presença de todos vós.

E perante vós quero agradecer a confiança em mim depositada pela Coligação Democrática Unitária para a realização de tão importante tarefa de, pela vontade popular, exercer da presidência da Câmara Municipal de Almada.

Almada, esta terra que escolhi para viver há 42 anos, onde conheci e comecei a amar a mulher que desde essa data me acompanha, onde criámos as nossas filhas e onde vejo crescer os nossos netos.

Almada, terra onde tenho vizinhos, onde forjei amizades e desenvolvi laços de profunda e sincera camaradagem nas vivências e lutas do dia-a-dia.

Tudo farei, queridos vizinhos, amigos e camaradas para merecer a confiança em mim depositada pela CDU, para merecer e corresponder ao carinho e à estima que sempre senti da vossa parte.

Agradeço ao José Manuel Maia a sua disponibilidade para se voltar candidatar à Presidência da Assembleia Municipal. O teu exemplo de vida de operário deputado comunista, permanentemente dedicado às causas e às lutas dos trabalhadores, honra esta terra a que pertences e honra aqueles que te acompanham.

Agradeço à Maria Emília. Amiga, camarada, Presidente da Câmara Municipal de Almada, figura impar no Poder Local Democrático. Agradeço o teu apoio e empenho manifesto na disponibilidade e entusiasmo com que aceitaste ser Mandatária da candidatura da CDU. A Maria Emília, sábia e incansável obreira que tanto tem dado a Almada, a quem Almada tanto deve e com quem nunca deixaremos de contar.

Camaradas e Amigos,

O colectivo que irei integrar tem por missão guardar o extraordinário património de realizações do povo de Almada, do seu movimento associativo e dos seus autarcas. Património nascido da luta pela liberdade e da resistência à ditadura e património extraordinário da criatividade e da cultura que a força transformadora de Abril tornou possível.

Uma obra construída com trabalho, honestidade e competência enfrentando e vencendo enormes dificuldades.

Dificuldades criadas por longos e sucessivos anos de destruição do aparelho produtivo nacional, de postos de trabalho e de direitos sociais. Destruição que tantas e tão profundas feridas deixou nesta nossa terra, com o encerramento de fábricas e estaleiros que foram escola, fonte de riqueza e ganha-pão de dezenas de milhar de trabalhadores e famílias. Trabalhadores que são hoje os primeiros a quem saúdo. Cujo trabalho, luta e sacrifício também estão na raiz da aceitação desta candidatura e cuja memória estará sempre presente na nossa acção.

Sim, obra extraordinária que aqui se foi realizando e que é nosso dever guardar.

Tal como nas margens do Tejo, tal como nesta nossa margem, de Hamburgo a Marselha, de Roterdão a Bilbau, conheci, no contacto com os trabalhadores portugueses emigrados, os empobrecidos arredores degradados dos grandes centros industriais deslocalizados. Vi o desastre social, urbanístico e ambiental provocado pelas políticas do chamado capitalismo globalizado.

Por conhecer e poder comparar posso afirmar, obra grande em qualquer circunstância, aquela que aqui têm realizado os autarcas da CDU e os trabalhadores das autarquias. Obra dos agentes locais e das populações mobilizadas. O espirito de Abril que os inspirou não só permitiu salvaguardar condições essenciais de bem-estar, de cultura e de segurança como lançar os alicerces de um desenvolvimento sustentável e solidário, centrado no ser humano e na busca da satisfação das suas múltiplas necessidades.

Obra de quem nunca se rende.

Obra de quem acredita.

 

Camaradas e amigos,

Almadenses,

É no futuro que pomos os olhos pois é para ele que nos dirigimos.

Não evocamos o futuro para o pintar com as cores de uma esperança que se afoga em desemprego e injustiça, em falências e pobreza.

Não desviaremos olhar do trabalhador desempregado, do empresário em dificuldades, da criança sem refeição, do jovem sem escola e sem futuro, do idoso ou do doente sem conforto. Contamos com uma extraordinária rede de associações, instituições de solidariedade e de homens e mulheres de boa vontade em todas as áreas, da comunidade educativa às forças de segurança, da protecção civil à saúde, do conhecimento e da cultura, para juntos enfrentarmos as condições infernais que nos estão a ser impostas.

A esperança que enche a nossa razão e o nosso coração e que encherá o nosso futuro, baseia-se na confiança que temos no potencial criativo e transformador do trabalho, na luz da cultura e do conhecimento, na força mobilizadora do diálogo com todos e na valorização do contributo de cada um. Trabalho livre que assegure que nunca se fique sozinho pela idade ou pela doença, que nunca se percam direitos porque se trabalha, que nunca se percam oportunidades porque se é jovem, numa sociedade de crianças felizes e pessoas realizadas.

O Poder Local Democrático é uma extraordinária escola. Aqui todos temos tudo a aprender e a ensinar quando o nosso interesse é melhorar as condições de vida das populações.

Como sabem há cerca de vinte anos trabalho no concelho do Seixal e lá fui eleito e ainda desempenho o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Municipal. Terra também ela de gente laboriosa que tantas vivencias e lutas reparte com os almadenses. Gente que saúdo, que sempre acompanharei e a quem retribuo a amizade e carinho que sempre me dedicaram. 

No Poder Local aprende-se que não há problemas fáceis. Rapidamente se toma consciência que é mais fácil elaborar uma teoria do que resolver um problema.

A apresentação do problema, a solução e a avaliação ocorrem num pequeno território num prazo muito curto. Todos os dias nos cruzamos com os avaliadores e não há forma de adiar o exame.

No Poder Local Democrático aprende-se a assumir responsabilidades.

É talvez pelo seu potencial para ser escola de uma democracia que se liga à vida e aprofunda, que o Poder Local Democrático foi escolhido como um dos alvos centrais dos ataques de um governo que põe em causa a soberania nacional. A tal soberania que reside no povo.

Mas é também por ter profundas raízes em Abril e nas populações que o Poder Local Democrático saberá resistir e derrotar a ofensiva que contra ele é dirigida.

Connosco, em Almada, o poder local e a administração local serão sempre aquilo que corresponda à vontade da população. Sobre todas as matérias que às populações digam respeito temos o direito e o dever de nos pronunciar e sempre que necessário de resistir e lutar. E no que se refere à defesa das freguesias solenemente vos afirmo que assim tem sido e assim continuará a ser.

Almadenses

O pensamento e o projecto da CDU no Poder Local, é conhecido e reconhecido. Os nossos compromissos são claros e a coerência da nossa acção com esses compromissos é, e continuará a ser, um traço central da nossa identidade.

Um outro traço identitário da CDU no Poder Local prende-se, como sabeis, com a associação dos trabalhadores das autarquias ao nosso projecto e com a valorização do seu papel na defesa dos interesses das populações.

A ofensiva do governo contra os serviços públicos passa também por um descabelado ataque contra os trabalhadores da administração pública local.

Com excepção de alguns trogloditas está hoje generalizada, e bem, a convicção de que os mais elevados índices de produtividade são conseguidos com um mais elevado reconhecimento do valor do trabalho, das condições de trabalho e dos direitos dos trabalhadores.

Aos trabalhadores da administração local que apesar da ofensiva contra si dirigida continuam a dar o seu melhor em defesa das populações reafirmo que podem continuar a contar com a CDU.

Camaradas e Amigos

Almadenses.

Quis o acaso que esta mesma colectividade onde este candidato é agora apresentado, a 5 de Abril de 2013, tenha acolhido a 5 de Outubro de 1972 um Comício do Movimento Democrático Português, movimento de oposição democrática à ditadura fascista. Nesse Comício interveio o agora candidato, então com 21 anos, para, entre outras coisas, exigir a realização de eleições livres. O fascismo caiu um ano e meio depois derrubado por um movimento militar a que se seguiu um levantamento popular, em 25 de Abril de 1974.

Por estes dias corre pelo país a exigência da demissão do governo e da realização de eleições que dêem a voz ao povo,

Sem comparar a gravidade e os contextos destes dois momentos separados por 40 anos, o que motivava o jovem de 21 anos é que dando a voz ao povo ele seja o eleitor e o eleito.

Essa é também uma das mais fortes razões para estar hoje aqui, entre gente de que tanto gosta, para vos convidar a que nos acompanhem nesta caminhada que, impulsionada pelo Partido Comunista Português, pelo Partido Ecologista, os Verdes e Pela Intervenção Democrática, com a nossa força, o nosso entusiasmo e o nosso amor, leva os almadenses e o povo português ao porto de paz, de segurança e de bem-estar onde há tanto tempo ambicionamos chegar, de que não desistimos de alcançar e onde todos podem ter lugar.

Juntemo-nos pois nesta Jornada.

Viva a Coligação Democrática Unitária

Viva Almada

NTERVENÇÃO DE JOAQUIM JUDAS, 

CANDIDATO DA CDU À CÂMARA MUNICIPAL DE ALMADA

Camaradas e Amigos

Quero começar por agradecer a presença de todos vós.

E perante vós quero agradecer a confiança em mim depositada pela Coligação Democrática Unitária para a realização de tão importante tarefa de, pela vontade popular, exercer da presidência da Câmara Municipal de Almada.

Almada, esta terra que escolhi para viver há 42 anos, onde conheci e comecei a amar a mulher que desde essa data me acompanha, onde criámos as nossas filhas e onde vejo crescer os nossos netos.

Almada, terra onde tenho vizinhos, onde forjei amizades e desenvolvi laços de profunda e sincera camaradagem nas vivências e lutas do dia-a-dia.

Tudo farei, queridos vizinhos, amigos e camaradas para merecer a confiança em mim depositada pela CDU, para merecer e corresponder ao carinho e à estima que sempre senti da vossa parte.

Agradeço ao José Manuel Maia a sua disponibilidade para se voltar candidatar à Presidência da Assembleia Municipal. O teu exemplo de vida de operário deputado comunista, permanentemente dedicado às causas e às lutas dos trabalhadores, honra esta terra a que pertences e honra aqueles que te acompanham.

Agradeço à Maria Emília. Amiga, camarada, Presidente da Câmara Municipal de Almada, figura impar no Poder Local Democrático. Agradeço o teu apoio e empenho manifesto na disponibilidade e entusiasmo com que aceitaste ser Mandatária da candidatura da CDU. A Maria Emília, sábia e incansável obreira que tanto tem dado a Almada, a quem Almada tanto deve e com quem nunca deixaremos de contar.

Camaradas e Amigos,

O colectivo que irei integrar tem por missão guardar o extraordinário património de realizações do povo de Almada, do seu movimento associativo e dos seus autarcas. Património nascido da luta pela liberdade e da resistência à ditadura e património extraordinário da criatividade e da cultura que a força transformadora de Abril tornou possível.

Uma obra construída com trabalho, honestidade e competência enfrentando e vencendo enormes dificuldades.

Dificuldades criadas por longos e sucessivos anos de destruição do aparelho produtivo nacional, de postos de trabalho e de direitos sociais. Destruição que tantas e tão profundas feridas deixou nesta nossa terra, com o encerramento de fábricas e estaleiros que foram escola, fonte de riqueza e ganha-pão de dezenas de milhar de trabalhadores e famílias. Trabalhadores que são hoje os primeiros a quem saúdo. Cujo trabalho, luta e sacrifício também estão na raiz da aceitação desta candidatura e cuja memória estará sempre presente na nossa acção.

Sim, obra extraordinária que aqui se foi realizando e que é nosso dever guardar.

Tal como nas margens do Tejo, tal como nesta nossa margem, de Hamburgo a Marselha, de Roterdão a Bilbau, conheci, no contacto com os trabalhadores portugueses emigrados, os empobrecidos arredores degradados dos grandes centros industriais deslocalizados. Vi o desastre social, urbanístico e ambiental provocado pelas políticas do chamado capitalismo globalizado.

Por conhecer e poder comparar posso afirmar, obra grande em qualquer circunstância, aquela que aqui têm realizado os autarcas da CDU e os trabalhadores das autarquias. Obra dos agentes locais e das populações mobilizadas. O espirito de Abril que os inspirou não só permitiu salvaguardar condições essenciais de bem-estar, de cultura e de segurança como lançar os alicerces de um desenvolvimento sustentável e solidário, centrado no ser humano e na busca da satisfação das suas múltiplas necessidades.

Obra de quem nunca se rende.

Obra de quem acredita.

 

Camaradas e amigos,

Almadenses,

É no futuro que pomos os olhos pois é para ele que nos dirigimos.

Não evocamos o futuro para o pintar com as cores de uma esperança que se afoga em desemprego e injustiça, em falências e pobreza.

Não desviaremos olhar do trabalhador desempregado, do empresário em dificuldades, da criança sem refeição, do jovem sem escola e sem futuro, do idoso ou do doente sem conforto. Contamos com uma extraordinária rede de associações, instituições de solidariedade e de homens e mulheres de boa vontade em todas as áreas, da comunidade educativa às forças de segurança, da protecção civil à saúde, do conhecimento e da cultura, para juntos enfrentarmos as condições infernais que nos estão a ser impostas.

A esperança que enche a nossa razão e o nosso coração e que encherá o nosso futuro, baseia-se na confiança que temos no potencial criativo e transformador do trabalho, na luz da cultura e do conhecimento, na força mobilizadora do diálogo com todos e na valorização do contributo de cada um. Trabalho livre que assegure que nunca se fique sozinho pela idade ou pela doença, que nunca se percam direitos porque se trabalha, que nunca se percam oportunidades porque se é jovem, numa sociedade de crianças felizes e pessoas realizadas.

O Poder Local Democrático é uma extraordinária escola. Aqui todos temos tudo a aprender e a ensinar quando o nosso interesse é melhorar as condições de vida das populações.

Como sabem há cerca de vinte anos trabalho no concelho do Seixal e lá fui eleito e ainda desempenho o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Municipal. Terra também ela de gente laboriosa que tantas vivencias e lutas reparte com os almadenses. Gente que saúdo, que sempre acompanharei e a quem retribuo a amizade e carinho que sempre me dedicaram. 

No Poder Local aprende-se que não há problemas fáceis. Rapidamente se toma consciência que é mais fácil elaborar uma teoria do que resolver um problema.

A apresentação do problema, a solução e a avaliação ocorrem num pequeno território num prazo muito curto. Todos os dias nos cruzamos com os avaliadores e não há forma de adiar o exame.

No Poder Local Democrático aprende-se a assumir responsabilidades.

É talvez pelo seu potencial para ser escola de uma democracia que se liga à vida e aprofunda, que o Poder Local Democrático foi escolhido como um dos alvos centrais dos ataques de um governo que põe em causa a soberania nacional. A tal soberania que reside no povo.

Mas é também por ter profundas raízes em Abril e nas populações que o Poder Local Democrático saberá resistir e derrotar a ofensiva que contra ele é dirigida.

Connosco, em Almada, o poder local e a administração local serão sempre aquilo que corresponda à vontade da população. Sobre todas as matérias que às populações digam respeito temos o direito e o dever de nos pronunciar e sempre que necessário de resistir e lutar. E no que se refere à defesa das freguesias solenemente vos afirmo que assim tem sido e assim continuará a ser.

Almadenses

O pensamento e o projecto da CDU no Poder Local, é conhecido e reconhecido. Os nossos compromissos são claros e a coerência da nossa acção com esses compromissos é, e continuará a ser, um traço central da nossa identidade.

Um outro traço identitário da CDU no Poder Local prende-se, como sabeis, com a associação dos trabalhadores das autarquias ao nosso projecto e com a valorização do seu papel na defesa dos interesses das populações.

A ofensiva do governo contra os serviços públicos passa também por um descabelado ataque contra os trabalhadores da administração pública local.

Com excepção de alguns trogloditas está hoje generalizada, e bem, a convicção de que os mais elevados índices de produtividade são conseguidos com um mais elevado reconhecimento do valor do trabalho, das condições de trabalho e dos direitos dos trabalhadores.

Aos trabalhadores da administração local que apesar da ofensiva contra si dirigida continuam a dar o seu melhor em defesa das populações reafirmo que podem continuar a contar com a CDU.

Camaradas e Amigos

Almadenses.

Quis o acaso que esta mesma colectividade onde este candidato é agora apresentado, a 5 de Abril de 2013, tenha acolhido a 5 de Outubro de 1972 um Comício do Movimento Democrático Português, movimento de oposição democrática à ditadura fascista. Nesse Comício interveio o agora candidato, então com 21 anos, para, entre outras coisas, exigir a realização de eleições livres. O fascismo caiu um ano e meio depois derrubado por um movimento militar a que se seguiu um levantamento popular, em 25 de Abril de 1974.

Por estes dias corre pelo país a exigência da demissão do governo e da realização de eleições que dêem a voz ao povo,

Sem comparar a gravidade e os contextos destes dois momentos separados por 40 anos, o que motivava o jovem de 21 anos é que dando a voz ao povo ele seja o eleitor e o eleito.

Essa é também uma das mais fortes razões para estar hoje aqui, entre gente de que tanto gosta, para vos convidar a que nos acompanhem nesta caminhada que, impulsionada pelo Partido Comunista Português, pelo Partido Ecologista, os Verdes e Pela Intervenção Democrática, com a nossa força, o nosso entusiasmo e o nosso amor, leva os almadenses e o povo português ao porto de paz, de segurança e de bem-estar onde há tanto tempo ambicionamos chegar, de que não desistimos de alcançar e onde todos podem ter lugar.

Juntemo-nos pois nesta Jornada.

Viva a Coligação Democrática Unitária

Viva Almada

NTERVENÇÃO DE JOAQUIM JUDAS, 

CANDIDATO DA CDU À CÂMARA MUNICIPAL DE ALMADA

Camaradas e Amigos

Quero começar por agradecer a presença de todos vós.

E perante vós quero agradecer a confiança em mim depositada pela Coligação Democrática Unitária para a realização de tão importante tarefa de, pela vontade popular, exercer da presidência da Câmara Municipal de Almada.

Almada, esta terra que escolhi para viver há 42 anos, onde conheci e comecei a amar a mulher que desde essa data me acompanha, onde criámos as nossas filhas e onde vejo crescer os nossos netos.

Almada, terra onde tenho vizinhos, onde forjei amizades e desenvolvi laços de profunda e sincera camaradagem nas vivências e lutas do dia-a-dia.

Tudo farei, queridos vizinhos, amigos e camaradas para merecer a confiança em mim depositada pela CDU, para merecer e corresponder ao carinho e à estima que sempre senti da vossa parte.

Agradeço ao José Manuel Maia a sua disponibilidade para se voltar candidatar à Presidência da Assembleia Municipal. O teu exemplo de vida de operário deputado comunista, permanentemente dedicado às causas e às lutas dos trabalhadores, honra esta terra a que pertences e honra aqueles que te acompanham.

Agradeço à Maria Emília. Amiga, camarada, Presidente da Câmara Municipal de Almada, figura impar no Poder Local Democrático. Agradeço o teu apoio e empenho manifesto na disponibilidade e entusiasmo com que aceitaste ser Mandatária da candidatura da CDU. A Maria Emília, sábia e incansável obreira que tanto tem dado a Almada, a quem Almada tanto deve e com quem nunca deixaremos de contar.

Camaradas e Amigos,

O colectivo que irei integrar tem por missão guardar o extraordinário património de realizações do povo de Almada, do seu movimento associativo e dos seus autarcas. Património nascido da luta pela liberdade e da resistência à ditadura e património extraordinário da criatividade e da cultura que a força transformadora de Abril tornou possível.

Uma obra construída com trabalho, honestidade e competência enfrentando e vencendo enormes dificuldades.

Dificuldades criadas por longos e sucessivos anos de destruição do aparelho produtivo nacional, de postos de trabalho e de direitos sociais. Destruição que tantas e tão profundas feridas deixou nesta nossa terra, com o encerramento de fábricas e estaleiros que foram escola, fonte de riqueza e ganha-pão de dezenas de milhar de trabalhadores e famílias. Trabalhadores que são hoje os primeiros a quem saúdo. Cujo trabalho, luta e sacrifício também estão na raiz da aceitação desta candidatura e cuja memória estará sempre presente na nossa acção.

Sim, obra extraordinária que aqui se foi realizando e que é nosso dever guardar.

Tal como nas margens do Tejo, tal como nesta nossa margem, de Hamburgo a Marselha, de Roterdão a Bilbau, conheci, no contacto com os trabalhadores portugueses emigrados, os empobrecidos arredores degradados dos grandes centros industriais deslocalizados. Vi o desastre social, urbanístico e ambiental provocado pelas políticas do chamado capitalismo globalizado.

Por conhecer e poder comparar posso afirmar, obra grande em qualquer circunstância, aquela que aqui têm realizado os autarcas da CDU e os trabalhadores das autarquias. Obra dos agentes locais e das populações mobilizadas. O espirito de Abril que os inspirou não só permitiu salvaguardar condições essenciais de bem-estar, de cultura e de segurança como lançar os alicerces de um desenvolvimento sustentável e solidário, centrado no ser humano e na busca da satisfação das suas múltiplas necessidades.

Obra de quem nunca se rende.

Obra de quem acredita.

 

Camaradas e amigos,

Almadenses,

É no futuro que pomos os olhos pois é para ele que nos dirigimos.

Não evocamos o futuro para o pintar com as cores de uma esperança que se afoga em desemprego e injustiça, em falências e pobreza.

Não desviaremos olhar do trabalhador desempregado, do empresário em dificuldades, da criança sem refeição, do jovem sem escola e sem futuro, do idoso ou do doente sem conforto. Contamos com uma extraordinária rede de associações, instituições de solidariedade e de homens e mulheres de boa vontade em todas as áreas, da comunidade educativa às forças de segurança, da protecção civil à saúde, do conhecimento e da cultura, para juntos enfrentarmos as condições infernais que nos estão a ser impostas.

A esperança que enche a nossa razão e o nosso coração e que encherá o nosso futuro, baseia-se na confiança que temos no potencial criativo e transformador do trabalho, na luz da cultura e do conhecimento, na força mobilizadora do diálogo com todos e na valorização do contributo de cada um. Trabalho livre que assegure que nunca se fique sozinho pela idade ou pela doença, que nunca se percam direitos porque se trabalha, que nunca se percam oportunidades porque se é jovem, numa sociedade de crianças felizes e pessoas realizadas.

O Poder Local Democrático é uma extraordinária escola. Aqui todos temos tudo a aprender e a ensinar quando o nosso interesse é melhorar as condições de vida das populações.

Como sabem há cerca de vinte anos trabalho no concelho do Seixal e lá fui eleito e ainda desempenho o cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Municipal. Terra também ela de gente laboriosa que tantas vivencias e lutas reparte com os almadenses. Gente que saúdo, que sempre acompanharei e a quem retribuo a amizade e carinho que sempre me dedicaram. 

No Poder Local aprende-se que não há problemas fáceis. Rapidamente se toma consciência que é mais fácil elaborar uma teoria do que resolver um problema.

A apresentação do problema, a solução e a avaliação ocorrem num pequeno território num prazo muito curto. Todos os dias nos cruzamos com os avaliadores e não há forma de adiar o exame.

No Poder Local Democrático aprende-se a assumir responsabilidades.

É talvez pelo seu potencial para ser escola de uma democracia que se liga à vida e aprofunda, que o Poder Local Democrático foi escolhido como um dos alvos centrais dos ataques de um governo que põe em causa a soberania nacional. A tal soberania que reside no povo.

Mas é também por ter profundas raízes em Abril e nas populações que o Poder Local Democrático saberá resistir e derrotar a ofensiva que contra ele é dirigida.

Connosco, em Almada, o poder local e a administração local serão sempre aquilo que corresponda à vontade da população. Sobre todas as matérias que às populações digam respeito temos o direito e o dever de nos pronunciar e sempre que necessário de resistir e lutar. E no que se refere à defesa das freguesias solenemente vos afirmo que assim tem sido e assim continuará a ser.

Almadenses

O pensamento e o projecto da CDU no Poder Local, é conhecido e reconhecido. Os nossos compromissos são claros e a coerência da nossa acção com esses compromissos é, e continuará a ser, um traço central da nossa identidade.

Um outro traço identitário da CDU no Poder Local prende-se, como sabeis, com a associação dos trabalhadores das autarquias ao nosso projecto e com a valorização do seu papel na defesa dos interesses das populações.

A ofensiva do governo contra os serviços públicos passa também por um descabelado ataque contra os trabalhadores da administração pública local.

Com excepção de alguns trogloditas está hoje generalizada, e bem, a convicção de que os mais elevados índices de produtividade são conseguidos com um mais elevado reconhecimento do valor do trabalho, das condições de trabalho e dos direitos dos trabalhadores.

Aos trabalhadores da administração local que apesar da ofensiva contra si dirigida continuam a dar o seu melhor em defesa das populações reafirmo que podem continuar a contar com a CDU.

Camaradas e Amigos

Almadenses.

Quis o acaso que esta mesma colectividade onde este candidato é agora apresentado, a 5 de Abril de 2013, tenha acolhido a 5 de Outubro de 1972 um Comício do Movimento Democrático Português, movimento de oposição democrática à ditadura fascista. Nesse Comício interveio o agora candidato, então com 21 anos, para, entre outras coisas, exigir a realização de eleições livres. O fascismo caiu um ano e meio depois derrubado por um movimento militar a que se seguiu um levantamento popular, em 25 de Abril de 1974.

Por estes dias corre pelo país a exigência da demissão do governo e da realização de eleições que dêem a voz ao povo,

Sem comparar a gravidade e os contextos destes dois momentos separados por 40 anos, o que motivava o jovem de 21 anos é que dando a voz ao povo ele seja o eleitor e o eleito.

Essa é também uma das mais fortes razões para estar hoje aqui, entre gente de que tanto gosta, para vos convidar a que nos acompanhem nesta caminhada que, impulsionada pelo Partido Comunista Português, pelo Partido Ecologista, os Verdes e Pela Intervenção Democrática, com a nossa força, o nosso entusiasmo e o nosso amor, leva os almadenses e o povo português ao porto de paz, de segurança e de bem-estar onde há tanto tempo ambicionamos chegar, de que não desistimos de alcançar e onde todos podem ter lugar.

Juntemo-nos pois nesta Jornada.

Viva a Coligação Democrática Unitária

Viva Almada