Abrangendo 92 trabalhadores, este despedimento foi apresentado pela Administração como sendo consequência de falta de trabalho com o encerramento da linha de pintura, fruto da redução da produção e portanto de encomendas na Volkswagen/Autoeuropa (sendo agora este trabalho de pintura assegurado pela SPPM).


Ao cabo de uma prática de destruição de postos de trabalho que já passou este ano por 42 rescisões de contrato, restam assim 192 trabalhadores, numa empresa cuja situação é marcada pelo quadro de incertezas e ameaças que se coloca hoje no Parque Industrial da Autoeuropa.


Não se pode ignorar o facto de que, muito embora se coloque na fábrica da Volkswagen uma realidade específica e um quadro de contratação coletiva que prevê situações de paragem na produção, a verdade é que na esmagadora maioria das empresas do Parque Industrial, inseridas na cadeia de produção, a situação é de concorrência forçada entre empresas para fornecimento à VW, com o ataque aos direitos, aos salários e aos postos de trabalho, em que o trabalho para uma empresa significa a falta de trabalho e o desemprego para outra(s).


Essa mesma realidade ficou patente na Audição Parlamentar com as estruturas representativas dos trabalhadores do Parque Industrial da Autoeuropa, promovida pelo PCP no passado dia 23 de Novembro.


Os deputados do PCP, Bruno Dias, Francisco Lopes e José Alberto Lourenço, quiseram saber que informação tem o Governo acerca desta situação da empresa Faurecia e dos seus trabalhadores e qual intervenção foi até agora desenvolvida para defender os postos de trabalho e os direitos destes trabalhadores - e com que resultados até agora.