A redução das carreiras fluviais na Transtejo e na Soflusa e a consequente alteração dos horários na CP na linha do Sado põe em causa o direito à mobilidade, à qualidade de vida das populações, ataca estas empresas públicas que prestam serviços essenciais e os postos de trabalho a pretexto do falso combate às despesas operacionais com estas empresas.


Não é com estas medidas que se resolvem os prejuízos das empresas do Sector Empresarial do Estado, como o Governo pretende fazer crer. O que está em causa com estas medidas negativas é o favorecimento de grupos económicos, preparando estas empresas para a privatização e passar para a lógica do lucro o transporte público.


Os recentes aumentos nos valores dos bilhetes e passes, a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, a eliminação de serviços chamados "não lucrativos" e a consequente redução do número de postos de trabalho, repetindo as mentiras em torno das razões dos prejuízos destas empresas, Transtejo e Soflusa, bem como outras empresas do Sector Empresarial do Estado serão certamente para os grupos económicos mais apetecíveis.


O PCP já denunciou esta inaceitável situação, defendendo a manutenção destes serviços e apelando à mobilização e luta dos utentes e trabalhadores contra estas medidas, pela reposição das carreiras suprimidas.


Os deputados do PCP, Bruno Dias, Francisco Lopes e Paula Santos, quiseram saber se, para além do Governo, das empresas privadas do setor e das administrações das empresas que tutela, outras entidades foram informadas sobre estas medidas concretas na Soflusa e na Transtejo e deram o seu apoio a estas desastrosas decisões.


Os deputados do PCP interrogaram o Governo para saber se este vai ou não tomar medidas para inverter estas opções politicas e promover, não o corte, mas o reforço do transporte público fluvial.