A ARH do Alentejo caracteriza a "situação de preocupante e carece de intervenção urgente". Durante o período de Verão este percurso esteve sinalizado como perigoso por instabilidade da arriba e risco de queda de blocos.


No passado Inverno, também devido às intempéries, ocorreu a destruição parcial deste caminho. O Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português questionou o Governo sobre quais as medidas que iriam tomar e que intervenções estavam previstas. Na resposta, o Governo informou que iria "promover o desenvolvimento de um estudo geológico-geotécnico, projecto de execução e assistência técnica, estando prevista a utilização de verbas do Fundo de Protecção dos Recursos Hídricos para assegurar a intervenção", e que "a intervenção de requalificação do caminho planeada para execução a curto prazo". O Governo informou ainda que estava "em curso a elaboração de um Projecto de Requalificação e Valorização do Portinho da Arrábida que também inclui a beneficiação do acesso pedonal entre o Portinho da Arrábida e o Creiro, a avaliação de zonas susceptíveis de risco, bem como o enquadramento paisagístico das possíveis estruturas artificiais de estabilização e respectivo sistema de drenagem."


Já passaram alguns meses, no entanto não há conhecimento de que o Governo tenha realizado qualquer intervenção nesta área. A situação agora está mais grave e acarreta outros perigos. Se o Governo tivesse intervindo em tempo útil provavelmente ter-se-ia podido evitar a actual situação.


Os deputados do PCP, Paula Santos, Bruno Dias e Miguel Tiago, quiseram saber

porque razão não foi executada a intervenção de curto prazo que o Governo prometeu. Perguntaram que medidas vai o Governo tomar para repor o caminho existente, assegurando assim, uma alternativa em situações de emergência e a segurança das infra-estruturas de água, electricidade e telecomunicações.

Os deputados do PCP interrogaram também o Governo sobre o ponto de situação do Projecto de Requalificação e Valorização do Portinho da Arrábida, quais os principais objectivos e eixos estratégicos, que medidas de intervenção propõe para esta área e qual o cronograma de execução previsto para cada uma das medidas e intervenções planeadas.