Podendo nós considerar que a adopção de algumas medidas contém aspectos positivos, não deixam por isso de ficar longe das reais necessidades das populações, e como tal, a ampliação de algumas áreas e a agilização de procedimentos relacionados com o atendimento a doentes não deve confundir-se com outro tipo de necessidades, como seja a construção de raiz do Hospital no Seixal e a reabertura dos Serviços de Atendimento Permanente encerrados.

Nunca é de mais lembrar que o Hospital Garcia de Orta deveria servir uma população de 150 mil pessoas, e hoje conta com mais de 450 mil utentes provenientes de toda a região, e nalguns casos do país.

A situação vivida recentemente com as referidas obras, e os inevitáveis constrangimentos demonstra-o e acentua mais ainda o carácter urgente da construção do Hospital no Seixal e a justeza de tal pretensão.

O Partido Comunista Português tem vindo a afirmar que o Hospital Garcia de Orta tem a sua capacidade de resposta esgotada, com prejuízo para os cuidados prestados às populações. Opinião igualmente partilhada por utentes, autarcas da região e por profissionais de saúde.

Tal facto é amplamente conhecido por todos, e no entanto não tem qualquer correspondência com a vontade política dos sucessivos Governos PSD e PS, que continuam a adiar a construção do Hospital no Seixal.

Os deputados do PCP Paula Santos e Bruno Dias entregaram uma pergunta ao Governo, querendo saber se o Governo considera que após as obras o Hospital Garcia de Orta aumentou a sua capacidade de resposta, se dispõe de dados que permitam demonstrar o aumento da capacidade de resposta, se os tempos de espera dos utentes diminuíram e qual o número de utentes diários nas urgências do Hospital Garcia de Orta. Os deputados perguntaram também para quando se prevê a construção do Hospital no concelho do Seixal.