Valorizando a importante conquista que foi a electrificação da Linha, após anos e anos de acção, proposta e luta dos utentes, trabalhadores, autarquias e população, a Comissão de Utentes alerta no entanto para o facto de os horários não serem minimamente cumpridos e composições ficarem paradas com avarias, obrigando com alguma frequência à supressão de comboios. E acrescenta ainda que não se compreende nem aceita que a CP não dê aos utentes explicação do sucedido e a informação devida quanto a medidas para que tais anomalias não se repitam. Na apreciação da Comissão de Utentes, a Tutela não pode deixar de ter a responsabilidade nestes acontecimentos, que representam enormes transtornos e prejuízos aos utentes e a terceiros nas povoações atravessadas pelo caminho-de-ferro.

Por outro lado a Comissão insurge-se contra o facto de as estações e apeadeiros não terem vigilância nocturna, deixando por isso o caminho aberto ao vandalismo e à desprotecção das pessoas. Como se sublinha no comunicado, é a CP e o Estado que perdem com a danificação do material e são os utentes a pagar a "factura" resultante da avaria de elevadores e de máquinas.

Finalmente, a Comissão de Utentes manifestou a sua grande preocupação face à ameaça de privatização da gestão das linhas suburbanas da CP na Área Metropolitana de Lisboa, tendo reiterado o compromisso de se bater pela defesa desta linha e do seu carácter público, e pela melhoria das condições de transporte.

 

Os deputados do PCP, Bruno Dias e Paula Santos, quiseram saber que conhecimento e resposta tem o Governo para a situação exposta pela Comissão de Utentes da "Linha do Sado" e que medidas vão ser tomadas para resolver os problemas identificados no cumprimento de horários, informação aos utentes, vigilância das instalações e segurança das pessoas e bens e ainda manutenção dos elevadores, instalações sanitárias e outros equipamentos.