Conforme comunicou publicamente a referida Associação, «Ardeu parte importante do nosso património colectivo. Os moinhos de maré e de vento, que no Concelho do Barreiro, atingiram uma importância primeira na economia do Estuário do Tejo, são peças fundamentais da história da nossa indústria das moagens e consequentemente do nosso desenvolvimento industrial, quer durante o período da Expansão Marítima Portuguesa, quer no processo de transformação do Barreiro, durante o séc.XIX, fazendo-nos entrar na era da proto-industrialização. O Banco Comercial Português (BCP) não é só o actual proprietário de um terreno na Ponta do Mexilhoeiro, que, pelo seu excepcional enquadramento paisagístico, se torna "apetecível". O Banco Comercial Português (BCP), actual proprietário deste terreno, é, também e por isso mesmo, fiel depositário de uma parte significativa da nossa história, materializada no moinho de maré que agora ardeu, na casa do moleiro, no cais de embarque, e num solar.»

Importa agora que esse banco, respeitando os Barreirenses e a sua História e face aos factos ocorridos, promova as obras necessárias à recuperação do moinho e tome todas as providências adequadas à salvaguarda deste património. Sendo a primeira responsabilidade do proprietário, as autoridades competentes não devem nem podem alhear-se totalmente e ignorar o caso.

Os deputados do PCP, Paula Santos e Bruno Dias quiseram saber que acompanhamento tem sido dedicado a este processo por parte do IGESPAR, e que medidas têm sido até agora tomadas para que este importante património histórico edificado não seja totalmente perdido.