A 11ª Assembleia da Organização Concelhia de Setúbal (AOCS) do Partido Comunista Português realiza-se num quadro da situação política e social marcado pelo acentuar da degradação das condições de vida de camadas cada vez mais amplas do povo português como resultado da profunda crise do sistema capitalista, agravada pela política de direita que vem sendo desenvolvida, ao longo dos últimos 34 anos, por sucessivos governos do PS, PSD e CDS/PP em favor do grande capital e visando a reconstituição do capital monopolista.

No período de tempo decorrido entre Assembleias da Organização Concelhia realizou-se o XVIII Congresso do Partido. Congresso que contribuiu para reforçar o prestígio e influencia do Partido entre as massas e traçou para o colectivo Partidário um vasto conjunto de orientações e tarefas bastante exigentes, que foram determinantes para travar com êxito as batalhas políticas que se nos colocaram.

Os últimos anos foram de intensa luta política e de massas contra a política de direita desenvolvida pelos governos do PS com o apoio do PSD e do CDS nas questões fundamentais.

A situação internacional neste período caracterizou-se por uma correlação de forças desfavorável à luta da classe operária, dos trabalhadores e dos povos, o que não impediu os avanços registados na luta dos trabalhadores e dos povos por todo o mundo.

Os Governos PS têm levado à prática uma política de submissão aos interesses de classe do grande capital e grupos económicos, aprofundaram os traços negativos do famigerado Código do Trabalho do Governo PSD-CDS, prosseguiram o caminho de destruição dos serviços púbicos, privatizando ou criando condições para a sua privatização, prosseguiram com a destruição do aparelho produtivo nacional, promoveram e incentivaram as actividades financeiras e especulativas, tornaram o País cada vez mais dependente da União Europeia e dos grandes centros de decisão do capital, violando sistematicamente a Constituição da República Portuguesa.

36 anos depois da Revolução de Abril, a luta dos trabalhadores e das populações contra esta política constitui, como a vida o tem demonstrado, a mais sólida forma de resistência à precariedade, à insegurança, à instabilidade, ao desemprego e à pobreza e o caminho seguro e certo para construir a ruptura e a mudança que produzirá a alternativa patriótica e de esquerda que Portugal precisa.

A Comissão Concelhia de Setubal do PCP