O Movimento Associativo Popular está presente, actuante e profundamente enraizado em toda a Região de Setúbal. A história da região assinala a sua presença e contribuição para o progresso social, económico e cultural de amplas camadas da população e para a concretização de avanços democráticos e progressistas. O Movimento Associativo Popular é portador de uma força ética e de um património de valores, que lhe conferem características muito marcantes como escola de vida democrática e colectiva, de cooperação, de solidariedade, de generosidade, de independência, de transformação e inovação social, de afirmação da identidade local, de inserção social, de cidadania e de humanismo, conciliando o valor colectivo com o individual.

O Movimento Associativo Popular teve na Região de Setúbal uma relevante intervenção na luta contra o fascismo bem como na construção e defesa das conquistas de Abril. É depositário de um património social exemplar, de muitas vontades, de muita dedicação e esforço voluntário dos muitos milhares de associados e dirigentes, contribuindo para a projecção da imagem da Região e das suas gentes ao nível regional e nacional.

As colectividades, associações e clubes, que integram o Movimento Associativo Popular, são espaços de intensa sociabilidade, de convívio, de desporto que desde o teatro, bandas filarmónicas e orquestras, bibliotecas, tem contribuído para a animação sócio-cultural, a formação desportiva e humana e para o desenvolvimento da comunidade local.

Sendo parte integrante da vida do nosso país, o Movimento Associativo Popular tem sentido na sua actividade as consequências da política de direita desenvolvida ao longo de anos pelo PS, PSD e CDS que afectam a vida dos trabalhadores e populações, que são os seus associados, criando cada vez mais dificuldades de participação devido à precariedade laboral, desregulação dos horários, desemprego e pobreza.

A actual epidemia COVID-19 teve profundas consequências na vida do Movimento Associativo Popular que em grande parte garante o direito da população, em particular das crianças e dos jovens, à cultura e ao desporto. O seu encerramento deixou milhares sem acesso a esses direitos, deparando-se o Movimento Associativo Popular com grandes dificuldades para fazer face aos encargos financeiros, sem qualquer resposta da administração central, só minimizados pela dedicação dos seus dirigentes e sócios e pelo apoio das autarquias.

Apesar destas e outras dificuldades, a verdade é que o Movimento Associativo Popular continua a resistir e a desenvolver uma notável actividade contribuindo para a vida democrática do nosso país e constituindo um exemplo incomparável com outros países do mundo.

O Executivo da DORS do PCP saúda todo o Movimento Associativo Popular na Região de Setúbal, na passagem deste Dia Nacional das Colectividades.

29 de Maio de 2020
Executivo da DORS do PCP