Cortes na oferta de transporte na MTS/ Metro Sul do Tejo

São conhecidos os problemas sentidos no dia a dia pelos utentes com a falta de oferta do serviço público de transportes, assim como, também é conhecido que por essa razão os utentes se confrontam diariamente com maiores dificuldades na sua mobilidade com reflexos negativos na sua qualidade de vida.

Com a crise epidemiológica de COVID-19, o funcionamento regular e fiável deste serviço público assume uma enorme importância no conjunto de medidas tomadas visando o seu combate e a protecção da saúde pública.

Foi pois com preocupação que tomámos conhecimento de que várias empresas de transportes procederam a cortes na oferta. No caso da MTS - Metro Sul do Tejo, passou a funcionar com o horário de Domingo e Feriado, o que em si é gerador de mais e desnecessários factores de risco para aqueles que têm que se deslocar por razões de trabalho ou outras previstas nos actuais condicionalismos.

Situação que no serviço prestado pela MTS assume nas horas de ponta ainda uma maior gravidade pelos riscos acrescidos que gera a concentração de utentes primeiro nas paragens edepois nas carruagens, contrariando claramente orientações da DGS.

As medidas de higienização e os planos de contingência assumem na resposta à crise epidemiológica um papel decisivo, mas têm chegado ao nosso conhecimento diversas queixas sobre a higienização dos veículos que a MTS opera.

Os deputados do PCP, Paula Santos e Bruno Dias, questionaram o Governo sobre esta situação:

1.Que medidas vai o governo tomar para repor o serviço público entretanto cortado na MTS e garantir que os utentes se transportam em condições de segurança?

2.Qual foi o programa de higienização dos veículos da MTS adoptado, e qual o ponto da situação da sua aplicação aos veículos e instalações da empresa?

3.Qual foi o plano de contingência adoptado pela MTS, empresa que assume uma importância acrescida na actual situação de crise epidemiológica?

O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP
8 de Abril de 2020