A Comissão Concelhia de Montijo do Partido Comunista Português critica veementemente a decisão unilateral dos TST de supressão e alteração de carreiras, em particular as carreiras 435, 432, 453, 431, 416 e 413.

O novo quadro legislativo, que entrega à AML e aos municípios a responsabilidade de gestão dos transportes rodoviários de passageiros no seu território e, acima de tudo, a  implementação do novo passe social, abriram campo a uma nova fase na política de transportes onde se verifica um aumento significativo do número de passageiros transportados, em total contraste com o decréscimo que se vinha a verificar ao longo de muitos anos de desinvestimento e aumento de preços.

Esta nova realidade é incompatível com atitudes unilaterais de uma empresa privada de capitais transnacionais, que desrespeitando e ignorando o quadro legal e os compromissos de prestação de serviços, demonstra, mais uma vez, a premente necessidade do serviço público de transportes ser prestado por empresas públicas. O PCP tem realizado, ao longo das últimas décadas, um trabalho inegável na defesa do serviço público, na defesa e reforço das empresas públicas de transportes, na exigência do fim das concessões a privados, na proposta de investimentos em novas estruturas e no reforço de meios, sempre tendo em vista a melhoria da oferta e da qualidade do serviço prestado às populações.

Os recentes acontecimentos, com a decisão de corte de carreiras por parte dos TST, só foram travados e parcialmente revertidos graças à luta e à contestação dos utentes e dos eleitos da CDU nas autarquias. Os passos que têm sido dados por parte da empresa, não correspondem à real necessidade dos utentes, que deveria passar pelo aumento e não pela redução da oferta.

Foi o PCP que propôs este novo modelo de passe social intermodal, para todos os operadores, todas as carreiras, toda a área metropolitana e, como sempre, o PCP estará ao lado da população na defesa do seu direito a um serviço público de transportes de qualidade.

Estaremos atentos porque uma situação destas não se pode repetir, para que não se volte para trás, porque avançar é preciso!

Secretariado da Comissão Concelhia de Montijo, 23/01/2020