Os profissionais que se reformam não são substituídos e a situação irá agravar-se porque se prevê a aposentação de mais profissionais e, mais uma vez, sem serem substituídos.

A escassez de médicos, sobretudo de psiquiatras é muito preocupante. Inclusivamente, houve um concurso externo para a contratação de psiquiatras para o CRI da Península de Setúbal que ficou deserto.

As consultas de psiquiatria no Barreiro são asseguradas pelo psiquiatra da Equipa de Tratamento de Almada, que ali se desloca, e funcionam só um dia e meio por semana. Em Setúbal há consultas de psiquiatria três dias por semana.

À semelhança do que acontece em todo o país, também na Península de Setúbal há indícios do agravamento do consumo de drogas. O PCP tem insistentemente alertado para o sério risco que o país corre de se verificar um processo de reversão no fenómeno da toxicodependência e do consumo abusivo de álcool, devido às crescentes dificuldades dos portugueses decorrentes do aumento do desemprego, do empobrecimento e do aumento das desigualdades.

Há utentes que não vão às consultas, porque não têm condições económicas para suportarem o custo das deslocações. Tal situação não assegura a adesão ao tratamento, muito pelo contrário, contribui em muito para o afastamento das equipas de tratamento.

Os deputados do PCP, Paula Santos, Francisco Lopes e Bruno Dias, quiseram saber que medidas pretende o Governo tomar para dotar o CRI da península de Setúbal dos meios humanos necessários.

Também interrogaram o Governo relativamente à carência de médicos e se tenciona criar incentivos para que permaneçam neste serviço.

Além disso, questionaram o Governo acerca do que este vai fazer para que os utentes não faltem às consultas por falta de condições económicas em pagar as deslocações.

 

O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP