Ao nível da urgência interna há tarde e noites sem médicos escalados e os serviços funcionam sem garantir as dotações seguras ao nível dos enfermeiros.

O subfinanciamento sente-se nos aspetos mais básicos. O hospital diz ao doente para trazer uma almofada e toalha e há inclusive limitação na utilização de toalhas e roupas de cama, o que não contribui para evitar a propagação de infeções hospitalares, que o Governo assumiu como uma prioridade.

Muitos dos serviços internos do hospital já estão privatizados, como é exemplo a lavandaria, o refeitório e os meios complementares de diagnóstico e terapêutica.

Foram realizados alguns ajustamentos ao nível dos serviços, tendo juntado a ortotraumatologia à ortopedia, a cirurgia vascular à neurologia e a ginecologia à urologia.

Os deputados do PCP, Paula Santos, Bruno Dias e Francisco Lopes, entregaram ao Governo as seguintes questões:

Qual a perspetiva do Governo para o futuro do Hospital Garcia de Orta? Que valências se prevê que venha a ter?
Que medidas pretende o Governo tomar para assegurar o funcionamento adequado do serviço de urgência, incluindo a dotação de meios técnicos e humanos?
Reconhece que os hospitais públicos têm sido sujeitos a uma política de subfinanciamento crónico que cria constrangimentos em coisas absolutamente básica?
Como justifica o Governo que o HGO limite a utilização de lençóis e toalhas e peça aos doentes para trazer os seus objetos?
O que motivou a entrega de serviços internos a entidades privadas? Por que razão não pode ser o hospital a gerir diretamente?
Quais os fundamentos clínicos para juntar determinados serviços?

 

O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP