A título de exemplo, bem demonstrativo da situação, está o testemunho de um cidadão, residente na Aroeira, dando conta de crimes ocorridos e do medo que alastra nos residentes. Esse testemunho foi transmitido aos deputados comunistas com o relato que se segue: «Venho contactar V. Exa. no sentido de lhe dar conta da situação de insegurança que está instalada na Aroeira, a qual, estou certo, já não lhe será novidade. Tenho residência na Rua Carlos Lopes, tendo a minha casa sido assaltada no final de Janeiro. Entretanto, há cerca de 15 dias, o café ao fundo da rua foi igualmente assaltado. Neste fim-de-semana, sábado 9 de Março, chamámos a GNR para dar conta de quatro assaltos que ocorreram ao longo desta semana, nesta pequeníssima rua com apenas dez moradias. (…) Temos a sensação que as forças policiais não têm a capacidade para dar a resposta necessária. Além de que, por aqui nunca se vê qualquer patrulhamento. As pessoas andam aterrorizadas, sendo muitas delas idosas, e particularmente vulneráveis a este tipo de ocorrência.»