A título de exemplo, bem demonstrativo da situação, está o testemunho de um cidadão, residente na Aroeira, dando conta de crimes ocorridos e do medo que alastra nos residentes. Esse testemunho foi transmitido aos deputados comunistas com o relato que se segue: «Venho contactar V. Exa. no sentido de lhe dar conta da situação de insegurança que está instalada na Aroeira, a qual, estou certo, já não lhe será novidade. Tenho residência na Rua Carlos Lopes, tendo a minha casa sido assaltada no final de Janeiro. Entretanto, há cerca de 15 dias, o café ao fundo da rua foi igualmente assaltado. Neste fim-de-semana, sábado 9 de Março, chamámos a GNR para dar conta de quatro assaltos que ocorreram ao longo desta semana, nesta pequeníssima rua com apenas dez moradias. (…) Temos a sensação que as forças policiais não têm a capacidade para dar a resposta necessária. Além de que, por aqui nunca se vê qualquer patrulhamento. As pessoas andam aterrorizadas, sendo muitas delas idosas, e particularmente vulneráveis a este tipo de ocorrência.»


Tal como sublinha o cidadão que lançou este alerta, é fundamental «encontrar uma resposta que devolva algum grau de segurança aos munícipes, pois já começa a ser constrangedor, semana após semana, entrar nesta rotina, e esperar para ver quem é o próximo a ser visitado.»


Esta é uma questão infelizmente já antiga, que o PCP tem vindo a abordar reiteradamente ao longo dos anos junto do Governo. Temos consciência do esforço e do profissionalismo com que os homens e mulheres das forças de segurança desempenham a sua missão, e o problema central que se coloca – e que aqui suscitamos – é o dos meios disponíveis para melhor garantir a segurança das populações, desde logo ao nível do reforço de efetivos.


Os deputados do PCP, Bruno Dias, Francisco Lopes e Paula Santos, quiseram saber que conhecimento tem o Governo acerca da situação acima transmitida e que acompanhamento está a ser feito em relação a este processo. Também interrogaram o Governo para saber que medidas concretas serão desenvolvidas para proceder ao reforço dos meios das Forças de Segurança, designadamente da GNR na Charneca da Caparica, e de forma mais geral da PSP e GNR no Concelho de Almada e no Distrito de Setúbal.