No Pinhal Novo - extensão 7, foi despedida uma enfermeira em Março, o que levou à redução de 3h diárias no horário de atendimento da sala de tratamentos, reduzindo assim a resposta ao nível dos cuidados curativos, como pensos e injeções.

Também no Pinhal Novo há 4 enfermeiros entre as 8:30h e as 17h, saindo três às 17h, e há um enfermeiro das 14h às 20h, para apoio às consultas. Duas médicas saíram e ainda não foram substituídas e a partir das 13h, limitaram as consultas, atribuindo somente 36 senhas.

Na unidade de cuidados de saúde personalizados do Centro de Saúde de São Sebastião, em Vale Cobro, foi despedida uma enfermeira, conduzindo à redução do horário de atendimento para os cuidados curativos. E no Centro de Saúde de Santa Maria, no Bonfim também foi despedida uma enfermeira na sequência de operação a que tinha sido submetida.

Os exemplos denunciados são reflexos da política de desinvestimento deste Governo, a par das imposições do Pacto de Agressão, de redução do Orçamento do Estado com a saúde, com consequências diretas no funcionamento inadequado dos centros de saúde, face às necessidades das populações. Como consequência das políticas do Governo, o acesso aos cuidados de saúde está mais dificultado, os profissionais de saúde têm menores condições de trabalho e os centros de saúde funcionam em piores condições.

Os deputados do PCP, Paula Santos, Francisco Lopes e José Alberto Lourenço, confrontaram o Governo na Assembleia da República com esta realidade. Exigem o cumprimento integral da Constituição da República Portuguesa, cabendo ao Governo assegurar o direito à saúde a todos os portugueses. Um verdadeiro investimento nos cuidados de saúde primários é essencial para prevenir e promover a saúde, através do reforço da sua rede e próximos das populações e dotando-os dos meios técnicos e humanos necessários para garantir cuidados de saúde atempados e de qualidade.

Os deputados do PCP também querem saber que medidas vai o Governo tomar para reforçar a capacidade de resposta dos cuidados de saúde primários e para os dotar dos meios técnicos e humanos necessários. Interrogaram o Governo sobre investimento e as dotações financeiras previstas para os cuidados de saúde primários da Região de Setúbal em 2012 e quais os montantes de 2011 e 2012.

Além disso, questionam o Governo sobre os despedimentos de enfermeiros relatados, quando é evidente a carência de enfermeiros nos centros de saúde, se o Governo pondera repor todos os horários de atendimento das valências e de funcionamento de centros de saúde que foram alvo de reduções e que ações concretas estão previstas desenvolver ao nível da prevenção e da promoção da saúde.



 Setúbal, 04 de Maio de 2012


O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP