Foi exactamente nos primeiros dias deste ano, passada a época festiva, que os oito trabalhadores se depararam inesperadamente com a unidade fabril fechada, e só um mês depois é que a entidade patronal os contactou via telefónica para propor a reposição daqueles direitos a apenas três deles, a pretexto de, dizia, "não haver condições para o pagamento aos restantes cinco". A recusa do recebimento foi de todos e de cada um, uma frase cara a um destes, Nuno Gonçalves, que denunciou a situação na Sessão Pública que o Partido realizou no Barreiro há duas semanas, no contexto da Campanha "Com o PCP, Lutar Contra as Injustiças - Exigir uma Vida Melhor", com a participação de Jerónimo de Sousa.

A concentração contou com a presença e a intervenção de dirigentes do Sindicato da Construção Civil e da Federação do sector, João Cabrita e José Dias, que anunciaram novas acções de luta, incluindo de ordem judicial, de Rui Piedade, membro da Comissão Concelhia do Seixal do PCP, prestando a inequívoca solidariedade de que fora já exemplo um requerimento ao governo por parte de Grupo Parlamentar comunista, a 22 de Janeiro, e de Eduardo Rosa, Presidente da Junta de Freguesia de Corroios, que curiosamente, aos 18 anos, conheceu naquela fábrica o seu primeiro posto de trabalho. A empresária, que não tem acedido às tentativas de contacto dos trabalhadores, primou por fechar a casa a sete cadeados, como era visível nas portadas cerradas de todas as janelas da vivenda.