“O Governo do PS usa a pedido da Mota-Engil/Amarsul as forças de segurança PSP/GNR para reprimir trabalhadores violar a lei da greve e dar cobertura a ilegalidades.”
Os trabalhadores da Amarsul, perante a sistemática ausência de respostas às suas reivindicações, o continuo ataque aos seus direitos contratuais, e a crescente precarização dos postos trabalho que se vem verificando desde a privatização da empresa, avançaram para a greve pela defesa dos seus interesses e direitos e pela prestação de um melhor serviço publico às populações.
Uma greve que apesar de todas as manobras patronais visando intimidar e desmobilizar os trabalhadores, tem e teve uma enormíssima adesão que parou a laboração, e que estar a ser levada acabo por estes cumprindo com todos os serviços mínimos decretados, mesmo aquelas que, discordam por serem muito para alem do que a lei estipula contrariamente ao que a Administração falsamente afirma.
Manobras e pressões ilegais por parte da administração sobre os trabalhadores e também por empresas de aluguer de mão de obra como Autovision que efectuou chamadas para casa de trabalhadores e enviou-lhes mensagens para os seus telemóveis, a intimidá-los, e que não mereceram do Governo e da ACT qualquer intervenção.
Governo PS, que a pedido da Mota-Engil/Amarsul e sem qualquer acção que verifique da existência de qualquer razão que o justifique, opta por lhe fazer o frete, avança com as forças de segurança para reprimir trabalhadores da AMARSUL e impedi-los pela força de exercer os seus direitos legal e constitucionalmente consagrados.
Governo do PS, que não quis reverter a privatização feita pelo anterior governo do PSD/CDS, e que como isso permitiu que ao longo dos anos a Mota-Engil não cumpra com a contratação colectiva existente, aumente exponencialmente a precariedade na empresa, e degradado um serviço publico estratégico para o País, com enormes reflexos no ambiente e qualidade de vida das populações.
O PCP relembra que os trabalhadores da AMARSUL têm demonstrado ao longo dos anos um enorme brio e profissionalismo, mesmo nas mais difíceis e adversas condições como aquelas que se verificaram durante a pandemia que permitiu que a empresa continuasse a laborar.
O PCP reafirma que a Empresa tem resultados e lucros que lhe permitem e impõe que Mota-Engil responda positivamente às justas aspirações dos trabalhadores. O Executivo da Direcção da Organização Regional Setúbal do PCP repudia veementemente as ilegalidades e repressão perpetuada pelo governos PS a pedido da Mota-Engil, e manifesta a sua solidariedade com os trabalhadores da Amarsul e saúda a sua corajosa e forte luta, e a enorme solidariedade de classe manifestada pelos trabalhadores das autarquias locais.
Setúbal, 3 de Dezembro de 2021
Direcção da Organização Regional de Setúbal