A Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP manifesta-se solidária com os trabalhadores da empresa AMARSUL e a sua luta por melhores salários, direitos e condições de trabalho.

Os trabalhadores da AMARSUL desenvolvem uma actividade essencial às populações na área do ambiente, através da recolha de resíduos urbanos, seu tratamento e valorização na Península de Setúbal.

Embora seja reconhecida a importância e o valor ambiental desta empresa, a sua situação decorrente da privatização da EGF pelo Governo do PSD/CDS, não revertida pelo Governo PS, revelou-se profundamente negativa para o ambiente, as populações e os trabalhadores, transformando um serviço essencial às populações e estratégico para o país num negócio. Razão pela qual o PCP não desiste de defender e lutar pela sua reversão.

Os trabalhadores da AMARSUL continuam sem respostas da Administração da empresa do Grupo EGF/Mota-Engil, num processo que se arrasta no tempo, persistindo na recusa às suas justas reivindicações pela valorização do seu trabalho, por melhores salários e retribuições e numa política de crescente precarização dos vínculos de trabalho, motivo pelo qual os trabalhadores estão em greve entre os dias 29 de Novembro e 3 de Dezembro e greve ao trabalho suplementar a 27 e 28 de Novembro e 4 de Dezembro.

Os trabalhadores da AMARSUL nunca pararam durante a epidemia por covid-19, ainda que este esforço não tenha sido devidamente reconhecido, optando a Administração por não valorizar estes trabalhadores de forma justa e digna.

A DORS do PCP considera que cabe à Administração adoptar as medidas que respondam aos problemas reivindicados pelos trabalhadores da AMARSUL, ouvindo as suas justas reivindicação em prol de um melhor serviço às populações da Península de Setúbal.

Setúbal, 29 de Novembro de 2021