Existem outras soluções!

As medidas de austeridade e o roubo dos salários

não são uma inevitabilidade.

 

O Governo PS insiste em continuar o ataque aos direitos laborais e aos serviços públicos, com o encerramento e entrega a privados de serviços. A instabilidade laboral dos trabalhadores do sector ferroviário pode ser evitada através de políticas que tenham como prioridade a valorização do trabalho e a satisfação das condições de vida dos trabalhadores e das populações.


O PCP apresentou várias propostas que visaram tornar este orçamento menos injusto, com soluções alternativas a esta política de desastre nacional, prontamente rejeitadas com o apoio do PS, PSD e CDS, que implicariam uma maior justiça fiscal com a aplicação de uma taxa de 25% de IRC para a banca e outros grupos económicos com mais de 50 milhões de euros de lucro, de 0,2% sobre as transacções em bolsa e de 20% sobre as transferências para os paraísos fiscais e que representariam uma receita de 2460 milhões de euros.


O PCP reafirma que o que o País precisa é de uma ruptura e mudança de política, por uma política patriótica e de esquerda, assumindo a rejeição e combate contra o ataque aos serviços públicos e em particular contra as privatizações na CP, CP Carga e EMEF, pela valorização dos salários e do emprego com direitos, contra o ataque aos direitos laborais.


OS TRABALHADORES NÃO TEM QUE PAGAR

POR UMA CRISE QUE NÃO CRIARAM


Os trabalhadores ferroviários viram-se confrontados no seu recibo de ordenado com cortes salariais de 3,5% a 10%, com a suspensão unilateral das negociações dos AEs em vigor e incumprimento dos mesmos, a estagnação do valor do subsídio de refeição, a proibição de actualizações nas remunerações, promoções, progressões na carreira e reclassificações, cortes nas ajudas de custo, cortes nas horas nocturnas, no trabalho extraordinário e proibição da atribuição de prémios de desempenho e afins.


Nunca os trabalhadores estiveram confrontados com um tão grave ataque contra os seus direitos e condições de trabalho, que forçosamente tem que ter uma forte resposta dos trabalhadores e essa resposta será tanto mais eficaz, quanto maior for a capacidade dos trabalhadores ferroviários de se unirem em torno daquilo que hoje é central para quem trabalha, " A DEFESA DOS POSTOS DE TRABALHO, DOS SALÁRIOS E DOS DIREITOS CONQUISTADOS AO LONGO DA LUTA DE GERAÇÕES DE FERROVIÁRIOS".


COM ESTAS MEDIDAS, NÃO HÁ MOTIVAÇÃO NENHUMA


A valorização e motivação dos trabalhadores são sempre uma mais valia para qualquer empresa que tenha como objectivo o seu desenvolvimento e a prestação de um serviço de qualidade.


O PCP não irá desistir de lutar e apresentar propostas concretas para uma vida melhor para os trabalhadores e para o povo.


O Organismo dos Ferroviários do Barreiro, apoia e está solidário com os Trabalhadores Ferroviários e com as Lutas que estão a ser desenvolvidas, Greves e outras formas de Luta, nomeadamente:


  • CONTRA O CONGELAMENTO E REDUÇÃO DOS SALÁRIOS;


  • PELA NEGOCIAÇÃO DA CONTRATAÇÃO COLECTIVA E CUMPRIMENTO DO AE;



  • CONTRA AS ALTERAÇÕES GRAVOSAS AO PAGAMENTO DO TRABALHO EXTRAORDINÁRIO, AO TRABALHO EM DIA DE DESCANSO, FERIADOS E TRABALHO NOCTURNO;


  • CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES E PELA DEFESA DO SERVIÇO PÚBLICO;



  • Pelo trabalho com direitos, contra os despedimentos;


  • Contra o fecho de linhas e encerramento de serviços e oficinas.



A extraordinária mobilização do conjunto dos trabalhadores Ferroviários, como aconteceu na greve do passado dia 10 e o prosseguimento da luta dos trabalhadores será um factor determinante para a mudança que o País exige.

A LUTA DO SECTOR FERROVIARIO é parte integrante da luta contra estas políticas, por uma justa redistribuição da riqueza.








O Organismo dos Ferroviários do Barreiro

14 de Fevereiro de 2011.