Solidariedade coma a luta dos trabalhadores da FISIPE

A situação dos trabalhadores da FISIPE tem-se vindo a agravar, e apesar das justas propostas feitas pelo Sindicato, a administração da empresa continua a manter uma linha de indisponibilidade de se sentar à mesa e discutir com os representantes dos trabalhadores o que são as suas reivindicações e propostas.

Os trabalhadores continuam a produzir com tabelas salariais que não têm em conta nem o nível de vida nem o esforço a que diariamente são sujeitos pelo trabalho que executam, particularmente num quadro em que uma parte significativa destes trabalhadores cumprem regularmente uma violenta escala de rotação de horários que terão, inevitavelmente, consequências na sua saúde no futuro. É urgente que se reveja as carreiras e a caduca grelha salarial, como é justo e necessário o aumento intercalar de 7€ exigido pelos trabalhadores, que representará apenas cerca de 2400€ no conjunto de todos os trabalhadores.

O sistema desgastante de turnos em que a FISIPE labora, não se compadece que seja o patrão que unilateralmente defina quando é que os trabalhadores podem gozar o seu direito às férias, ou que os trabalhadores sejam informados, tarde e a más horas, do que podem esperar quando se encontram na posição G (reforço). São justas as posições dos trabalhadores pelo fim da limitação no gozo de férias bem como da regulamentação da posição G e a sua correcta aplicação.

A redução dos efectivos mínimos nas áreas são a “resposta” do patrão à justa greve ao trabalho suplementar. Secções que assistem ao reduzido número de operadores, quando o ponto de partida era já de si deficitário, com estas medidas veem aumentar a exploração e o desgaste destes trabalhadores, expondo-os ao agravamento das condições e segurança no trabalho, abrindo as portas ao acidente, pondo em causa o nome da empresa e a saúde e a vida dos trabalhadores.

É urgente que a empresa regularize os trabalhadores com vínculos precários, revendo uma política injusta de vinculação só ao fim de 3 anos, pon do em causa a estabilidade destes trabalhadores, a possibilidade de organizarem a sua vida e de constituírem família. Estes trabalhadores, têm experiência e conhecimento do trabalho e devem ser chamados ao quadro efectivo da empresa criando as condições para a sua estabilidade e consequente melhoria do trabalho.

A estratégia da administração é dividir, tratar por secção, por função, individualizar o caso deste ou daquele trabalhador. A resposta dos trabalhadores só pode ser a UNIDADE.

A Célula da FISIPE do PCP solidariza-se com a greve de 11, 12 e 13 e reafirma que SE NOS SOBRAM AS RAZÕES, QUE NÃO NOS FALTE A CORAGEM!

A Célula da FISIPE do PCP