A Comissão Concelhia do Seixal do PCP promoveu no passado sábado, dia 11 de fevereiro, no auditório da Junta de Freguesia de Corroios - "José Queluz", um encontro com camaradas e amigos do Movimento Associativo Popular.
A iniciativa contou com mais de 80 presenças, muitos contributos e as enriquecedoras trocas de experiências do dia-a-dia dos técnicos e dirigentes associativos, nos projetos que desenvolvem.
Foram levadas a debate seis temáticas:
- Conclusões do XX Congresso do PCP para o Movimento Associativo por António Magrinho;
- Conclusões do Confederação das Coletividades de Cultura Recreio e Desporto por Deolinda Nunes;
- A Associação de Coletividades do Concelho do Seixal por Manuel Amaral;
- Movimento Associativo Popular por António Pereira;
- Associativismo no Concelho do Seixal por Nuno Pombo;
- O Desporto Popular na Festa do Avante por Brásio Romeiro.
Como conclusões e propostas apresentadas há a registar:
A constituição destas estruturas associativas representa a evolução da consciência social dos operários que entenderam as desigualdades existentes. Há um elevado número de associações existentes no Concelho do Seixal, maioritariamente associações de desporto, cultura e recreio.
As coletividades constituíram-se como elemento de formação pessoal, cívica e política dos operários e das populações locais. Com a Revolução de Abril, o movimento associativo popular conheceu um novo e diversificado crescimento, ao nível das coletividades de cultura, recreio e desporto, e com o surgimento de associações de âmbito social, de reformados, deficientes, associações juvenis e estudantes, associações ambientais, associações de moradores, associações de pais, entre outras.
A intervenção dos comunistas no movimento associativo popular é essencial para alargar a influência do Partido Comunista Português a mais homens e mulheres, dar a conhecer o projeto político e, de certa forma, implementar alguns dos seus aspetos, do ponto de vista social, cultural e desportivo, e da participação democrática das populações e das associações na vida local.
No passado, como no presente, o movimento associativo popular assume-se como um espaço de formação pessoal e cívica, de aprendizagem e exercício dos valores democráticos, da participação e da liberdade.
Afirma-se como espaço de exercício e de reivindicação de direitos, mas acima de tudo, aprofunda o seu papel de consciencialização e emancipação das populações, de que a união na luta é o único caminho para uma vida melhor.
O Poder Local assume um papel muito importante, indo enumeras das vezes além das suas competências, apoiando nos orçamentos, recursos logísticos e recursos humanos, sem que o Poder Central exerça a sua função. A criação e desenvolvimento de projetos pelo Poder Local são bons exemplos como alternativa ao Plano Nacional da Política Desportiva.
O Plano Desenvolvimento Desportivo do Concelho do Seixal, promovido pela Câmara Municipal do Seixal, Juntas de Freguesia do Concelho, Escolas e Movimento Associativo, é um exemplo que dinamiza estruturas democráticas de participação popular, envolvendo técnicos, dirigentes e autarcas.
Por último, o grande exemplo de uma verdadeira política de "Desporto para Todos" é o que se faz no Espaço Desporto da Festa do Avante, envolvendo mais de 15 mil pessoas que praticam uma atividade desportiva na Festa e sensivelmente 300 coletividades e associações. Um momento enriquecedor que permite a troca de experiências únicas e imagens de proezas criadas com dedicação, arte, engenho e muita amizade.
O Encontro contou também com a participação de Margarida Botelho da Comissão Política do Comité Central do PCP. Na sua intervenção saudou os militantes e amigos presentes na atividade. Frisou que é fundamental o envolvimento organizado dos camaradas que participam no Movimento Associativo Popular, é importante que a ligação seja efetivada para benefício da nossa intervenção do ponto de vista da influência, mas também do ponto de vista da ligação do Partido à realidade, aos problemas das pessoas, possível através da prática associativa.
O trabalho unitário - que sempre promovemos - abre a possibilidade de relações institucionais entre o nosso Partido e as coletividades, contribuindo por um lado, para um melhor conhecimento da realidade associativa e por outro lado, para darmos a conhecer as nossas propostas.
Relativamente aos camaradas que estão empenhados nesta frente, é importante que não se esqueçam da sua condição de comunistas, quando têm que decidir as políticas associativas. Para tal, não é preciso estarmos em maioria numérica nas coletividades ou estruturas, mas sim, conscientes da nossa responsabilidade, do nosso papel e sabermos enquadrar a nossa vida associativa nas orientações gerais do Partido.