Reformados impossibilitados de levantar pensões na Estação dos CTT do Vale da Amoreira

O Grupo Parlamentar do PCP tomou conhecimento da Carta Aberta dirigida pela União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira ao Governo de Portugal, à Administração dos CTT e à população das Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, sobre a lamentável situação que, mais uma vez, se verificou numa estação dos correios.

Tal como relata a exposição da autarquia, na terça-feira, dia 11-03-2014, os CTT não fizeram chegar ao posto de correios da Freguesia do Vale da Amoreira o dinheiro que as pessoas levantam na junta de freguesia, de reformas, pensões e de apoios sociais. Esta situação causou graves danos à vida dos utentes, que tiveram de se deslocar à Estação da Baixa da Banheira para ter acesso a um serviço que deveriam ter no Vale da Amoreira.

Foi colocada esta mesma questão e este caso concreto no Plenário da Assembleia da República, na Interpelação ao Governo que o PCP realizou (13-03-2014) sobre a grave situação económica e social do país e a política alternativa necessária para a solução dos problemas nacionais. No entanto, o Governo ignorou a matéria e nada respondeu.

A bancada comunista considera que o assunto não pode todavia ser ignorado, muito menos quando se verifica a extraordinária circunstância de se ter anunciado um aumento de 70% nos lucros da empresa, com a distribuição de dividendos no valor de 60 milhões de euros ao capital – ou seja, lucros de milhões de um ano inteiro, entregues a quem comprou as acções dos CTT em meados de Dezembro.

Os deputados do PCP, Bruno Dias, Francisco Lopes e Paula Santos quiseram saber que informação tem o Governo acerca da presente situação e como pretende o Governo sustentar o que tem vindo a afirmar, repetidamente, de que, supostamente, a qualidade e fiabilidade do serviço prestado estariam garantidas no contexto da privatização e de que as populações não seriam prejudicadas.