«Vale a pena questionar quem destruiu o nosso Montijo, quem o arrastou para esta "triste sorte", quem o condenou a este definhamento», começou por dizer o cabeça de lista da CDU à Câmara Municipal do Montijo. Primeiro a intervir num encontro com a população, realizado ao final da tarde de quinta-feira, no centro da cidade, Carlos Jorge de Almeida apontou o dedo «aos governos que elevaram o IVA para 19, e, depois, para 23 por cento» arrasando o comércio local e a vida da zona histórica.

Mas para Carlos Jorge de Almeida, as responsabilidades pela situação que se vive no Montijo não podem ser apenas atribuídas ao «bloco central de interesses ao serviço dos grandes grupos económicos», mas, igualmente, às dependências locais desse «bloco central de interesses», disse, antes de acusar a gestão camarária de seguir uma política de «urbanismo degradado», de «marcar passo» e seguir «uma política do orgulhosamente sós».

O candidato da CDU à presidência do município sublinhou, por outro lado, que a Coligação «tem falado com centenas de pessoas», percorrido o concelho, e não encontra ninguém que continue a rever-se «neste projecto de gestão, nem nos seus protagonistas». Nesse sentido, afirmou a necessidade de reforçar a CDU e manifestou-se confiante na vitória nas autárquicas.

Para isso, apelou, «até ao próximo dia 29, temos que falar com os nossos vizinhos, com os nossos amigos, com todos os montijenses», explicando que o projecto da CDU para o Montijo é irmão daquele que tem provas dadas em todas as autarquias da Península de Setúbal.

Jerónimo de Sousa encerrou o encontro com a população do Montijo começando também por enfatizar o carácter colectivo do projecto da CDU e o respeito pelos compromissos assumidos, factores diferenciadores entre o PCP-PEV e as demais forças políticas.

«A bota tem que bater com a perdigota», continuou, para sublinhar que os partidos da política da troika - PSD, CDS e PS -, nos concelhos, pretendem fazer crer que defendem uma outra política. E exemplificou com as discrepâncias nacionais e locais no discurso [do PS] quanto à privatização da água ou ao aumento do IMI.

Governo PSD/CDS é apenas o executor de uma política que une todos os subscritores do Pacto de Agressão, acrescentou antes de deixar um apelo ao voto na CDU para castigar a troika nacional e dar força à força que luta.

«O povo quando quer tem muita força. E se eles tiverem as mãos livres, dão cabo do resto», concluiu.