Os utentes da Baixa da Banheira deparam-se com muitas dificuldades para aceder aos cuidados de saúde que necessitam e que têm direito. As principais questões que se colocam são: a existência de 5467 utentes sem médico de família; dos 11 médicos no centro de saúde, há dois que estão contratados através de empresas de trabalho temporário para atender os utentes sem médico de família; a existência de oito enfermeiros é muito insuficiente e não se compreende porque não se abrem concursos públicos para contratar estes profissionais de saúde; dos 12 assistentes técnicos, poderão sair quatro por motivo de aposentação, sem ainda estar acautelada a sua substituição.

Para além de tudo isto, as atuais instalações estão bastante degradadas, não satisfazem as necessidades de prestação de cuidados de saúde aos utentes e não garantem condições de trabalho aos profissionais. Embora estejam a decorrer obras de conservação, estas não resolvem os problemas de fundo. Verifica-se a falta de equipamento informático, a avaria constante dos elevadores, não existe sistema de combate a incêndios e a tendência para concentrar o trabalho administrativo na secretaria está a pressionar muito este serviço, impedindo-o de responder cabalmente aos utentes.

A necessidade da construção de novas instalações para o centro de saúde é urgente. O Diretor do Agrupamento de Centros de Saúde entende que este equipamento é o que está em piores condições no agrupamento. Recorde-se que a autarquia já disponibilizou um terreno para esse fim.

Os deputados do PCP, Paula Santos, Francisco Lopes e Bruno Dias, quiseram saber que medidas pretende o Governo tomar para dotar o centro de saúde dos recursos humanos necessários e se pretende abrir concursos públicos para contratar os profissionais de saúde em falta.

Quanto às instalações, os deputados comunistas reiteraram a necessidade de construção do novo centro de saúde, interrogaram o Governo para saber quando pretende este resolver definitivamente o problemas das instalações deste centro de saúde e construir um novo.

Os deputados do PCP defenderam claramente que, enquanto o centro de saúde não for construído é preciso garantir o adequado funcionamento nas atuais instalações, o que implica o elevador a funcionar, investimento em equipamento informático e no combate a incêndios e organizar os serviços de forma a evitar possíveis situações de conflito. Questionaram o Governo para saber quando pretende resolver estas questões

O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP