Contudo a solução preconizada pelo Governo não resolve os problemas desta escola. Segundo informações obtidas, a escola continua sem a constituição de um quadro de pessoal (actualmente mapa de pessoal), não sendo autorizada a contratação dos trabalhadores em falta com vínculo à função pública, através de concursos públicos.

As horas atribuídas permitem a contratação de trabalhadores até 31 de Dezembro de 2010, com contratos de quatro horas por dia, a três euros por hora, configurando situações altamente instáveis e de enorme precariedade. Os trabalhadores colocados através dos contratos emprego-inserção deveriam iniciar funções, no entanto o Centro de Emprego respectivo, de acordo com informações obtidas, só deverá dar autorização até ao final do ano de 2010. O risco de a escola não ter condições de abrir, por falta de trabalhadores, a partir de Janeiro de 2011 é sério.

Para além da falta de trabalhadores que está a causar grandes constrangimentos no funcionamento da escola, acrescem ainda outras preocupações: o quadro eléctrico é o da obra, não possibilitando que se ligue o forno da cozinha, o quadro dispara muitas vezes, podendo danificar diversos equipamentos, nomeadamente da área informática;  não há sistema de segurança, pelo que os cacifos ainda não foram atribuídos aos alunos.

A estrutura construída para as aulas de educação física - o campo desportivo coberto - não protege da chuva. O PCP defende a construção de pavilhões desportivos nas escolas, pois são os equipamentos mais adequados para a educação física e a prática desportiva na escola.

Os deputados do PCP, Paula Santos e Bruno Dias, quiseram saber se o Governo garante o funcionamento da Escola Básica Integrada da Boa Água durante todo o ano lectivo, para quando está prevista a criação do quadro de pessoal e abertura de concursos públicos para a contratação dos trabalhadores em falta, com vínculo à função pública.

Os deputados interrogaram o Governo sobre a substituição do quadro eléctrico de obra pelo definitivo e a instalação do sistema de segurança.

Os deputados do PCP alertaram ainda para o facto de o campo desportivo coberto não proteger a prática de educação física das situações climatéricas adversas e interrogaram o Governo sobre as medidas que este vai tomar para resolver o problema.