Em 2005 esta instituição teve necessidade de remodelar as actuais instalações e ampliá-las, para alargar a oferta ao nível de creche e de pré-escolar e para continuar a melhorar na qualidade da sua actividade pedagógica. Neste sentido apresentou uma candidatura ao Programa PARES com o objectivo de criar duas novas salas para a creche, um novo refeitório e cozinha, uma lavandaria, uma sala de audiovisuais, uma sala de reuniões, sanitários e criar acessibilidades em todo o edifício. A candidatura foi aprovada com um apoio de 151 mil euros.

Durante a execução de obra, houve a necessidade de realizar mais trabalhos ao nível da remodelação, bem como a obrigatoriedade de cumprir diversos normativos em matéria de acústica, energia e segurança, o que levou a que o investimento total fosse de 1,12 milhões de euros.

Para além do apoio do PARES, o Externato Santa Joana contou também com o apoio da Câmara Municipal de Sesimbra, no valor de 96 mil euros, e outros apoios durante o período de obra, pelo que a instituição teve de assumir mais de 800 mil euros, através do recurso ao crédito bancário.

A ampliação das instalações permitiu criar mais 20 vagas ao nível de creche. No próximo ano lectivo a instituição vai acolher 97 crianças de creche, 100 de jardim-de-infância, totalizando 197 crianças e com um quadro de pessoal com 48 trabalhadores (educadores de infância, auxiliares educativos, auxiliares de serviços gerais, administrativos, cozinheiros, entre outros).

Apesar da obra ter terminado há um ano, a Segurança Social ainda não procedeu ao pagamento aprovado no âmbito do Programa PARES. As exigências burocráticas da Segurança Social no envio de documentação, com as quais o Externato Santa Joana tem cumprido e vindo a responder, têm servido para protelar o pagamento do montante aprovado no âmbito do Programa PARES, o que tem criado grandes dificuldades a esta instituição.

Os deputados do PCP Paula Santos, Bruno Dias e Francisco Lopes, antes do final da sessão legislativa, quiseram saber se o Governo tem conhecimento da situação em que se encontra esta instituição e porque motivo, tendo o Governo divulgado e valorizado o Programa PARES, protela os pagamentos dos montantes aprovados e já concretizados. Questionaram se o Governo não considera que, num momento de dificuldades para as famílias, o não cumprimento dos compromissos assumidos, as dificuldades criadas a estas instituições, poderão ter repercussões no apoio e qualidade do serviço prestado às crianças e às famílias, e em maiores dificuldades para os trabalhadores da instituição, seja nas condições de trabalho ou na actualização salarial e, também, quais as instituições com atrasos no pagamento dos projectos aprovados no âmbito do Programa PARES.