Em anos anteriores já foi accionado o plano de contingência no período de Verão pelos mesmos motivos. Nos últimos anos, o HGO perdeu 11 obstetras/ginecologistas, e segundo apurámos só foram contratados metade dos médicos que saíram, o que cria muitas dificuldades no funcionamento deste serviço. Considerando que não é primeira vez que o HGO recorre ao plano de contingência, não se compreende que o Governo não tenha tomado as medidas adequadas, para que esta situação não se repetisse.

As políticas seguidas pelo Governo de restrição na contratação dos profissionais de saúde necessários, associado à desvalorização das carreiras, das condições de trabalho, têm empurrado muitos profissionais para o sector privado.

Os deputados do PCP eleitos pelo distrito de Setúbal colocaram, ainda antes das férias parlamentares, as seguintes questões ao Governo:

  1. Quais as medidas que constam no plano de contingência do serviço de urgência da maternidade do HGO?

  2. Porque motivo o Governo não tomou as medidas necessárias, para que se evitasse o recurso ao plano de contingência no serviço de urgência da maternidade do HGO?

  3. Para quando a contratação dos profissionais necessários para garantir este serviço?

  4. A população e as utentes foram informadas desta situação?