PCP questiona Governo sobre precariedade na SN Seixal

Persistem as preocupações quanto aos trabalhadores que desempenham funções permanentes nas instalações da SN Seixal, mas que são contratados por empresas de trabalho temporário e de subempreiteiros. Há cerca de 200 trabalhadores por dia que prestam trabalho na SN Seixal, unidade industrial do grupo Megasa.

Há aspetos que merecem fortes preocupações, nomeadamente o facto de trabalhadores contratados por empresas de trabalho temporário ou por subempreiteiros, usarem a farda de trabalho da SN Seixal, desempenharem funções permanentes ao nível da produção, coordenados por trabalhadores da SN Seixal, embora existam inúmeras desigualdades entre estes trabalhadores e os trabalhadores da SN Seixal.

Apesar de desempenharem as mesmas funções e de contribuírem para que se atinjam os objetivos de produção, os trabalhadores contratados pela empresa de trabalho temporário não recebem prémio de produção, nem prémio de assiduidade (mensal e anual), nem têm subsídio de transporte, ao contrário dos seus colegas contratados pela SN. Há trabalhadores no mesmo posto de trabalho há dois anos.

É evidente que a SN Seixal recorre à precariedade, por via de empresas de trabalho temporário e de subempreiteiros, para não contratar trabalhadores e assegurar-lhes os seus direitos, com o objetivo de otimizar os seus lucros à custa de mão-de-obra barata. São trabalhadores que desempenham funções permanentes e que obedecem hierarquicamente à estrutura da SN Seixal.

Os deputados do PCP, Paula Santos, Francisco Lopes e Bruno Dias perguntaram ao Governo se reconhece que os trabalhadores, que usam farda da SN, desempenham funções ao nível da produção e são coordenados por trabalhadores da SN, estão a ocupar postos de trabalho permanentes. Nestas situações deveriam estar integrados no quadro da empresa, com vínculo efetivo.

Os deputados comunistas quiseram saber que medidas vai o Governo tomar para pôr fim à precariedade e como pondera assegurar que para cada posto de trabalho permanente corresponda um contrato de trabalho efetivo.

O Gabinete de Imprensa da DORS do PCP