Almada, como tantos outros concelhos da região e do País, conhece bem as  consequências da falta de liberdade e de direitos, pois muitos dos seus filhos pagaram com a prisão, e mesmo com a vida, a ousadia de resistir e lutar por  uma vida melhor: o jovem anarco-sindicalista piedense Pedro Matos Filipe, que sucumbiu no Campo de Concentração do Tarrafal; o professor comunista Alberto Araújo, que de lá regressou para morrer; o jovem militante do PCP Cândido Martins (Capilé) assassinado a tiro pela GNR numa manifestação em 1962, são apenas  três exemplos...

Hoje, 36 anos depois dessa data maior da História nacional que foi o 25 de Abril de 1974, as liberdades e direitos democráticos apesar das diferentes revisões constitucionais continuam consagrados na Constituição da República Portuguesa não podendo, de forma alguma, serem postos em causa.

A destruição e vandalização de murais políticos é uma inaceitável demonstração de intolerância que, a fazer caminho, constituiria um perigo para a própria democracia em que vivemos. Se olharmos atentamente para a história, verificamos que sempre mas sempre a pretexto do anticomunismo se esconde a tirania e o fascismo.