Depois de um orçamento de Estado contra os interesses da esmagadora maioria dos portugueses e do país, e não satisfeitos com os sacrifícios impostos aos trabalhadores e ao povo, já previstos no Programa de "Estabilidade e Crescimento" (PEC), é anunciado, invocando falsamente os interesses nacionais, um novo ataque concertado pelos grandes grupos económicos e financeiros e pelos seus executantes políticos, deixando no ar a intenção de irem mais longe, nomeadamente na legislação laboral e na revisão da Constituição da Republica Portuguesa, fazendo destes primeiros cinco meses de 2010 um dos períodos de maior ofensiva contra o povo português, a quem vive dos salários, das reformas e pensões, aos desempregados, aos micro e pequenos empresários e a várias outras camadas da sociedade.

A pretexto da crise, que não é de todos, o governo PS/Sócrates, o PS e o PSD, anunciam mais sacrifícios para os mesmos de sempre, mantendo os benefícios e privilégios para uma minoria, que mesmo em tempo de crise vêm engordar as suas fortunas, nalguns casos quase que as duplicando no espaço de um ano.

Medidas altamente penosas e injustas para a maioria das famílias portuguesas, que se vêem confrontadas com um aumento cego de impostos em toda a linha, mesmo nos bens de primeira necessidade, que vêem o seu poder de compra diminuir e privados de um conjunto de obras publicas (entre as quais a ponte Barreiro-Chelas) que permitiria a melhoria das condições de vida, de trabalho e o desenvolvimento económico local e nacional.

Medidas tão ou mais injustas, quando se vão conhecendo os fabulosos lucros dos 5 principais Bancos em Portugal, que só no 1º trimestre tiveram em média ganhos superiores a 5,5 milhões de euros por dia.

Foi também com preocupação que a Comissão Concelhia analisou o adiamento da Terceira Travessia do Tejo, a ponte Barreiro-Chelas. Obra defendida pelo PCP publicamente desde 1987, obra de grande importância para o desenvolvimento económico local, regional e nacional.

A Comissão Concelhia do Barreiro do PCP, sabendo que não é com preocupações que se altera o rumo das políticas, decidiu de acordo com as orientações da reunião extraordinária do Comité Central de 17 de Maio, afirmar que é preciso agir! É preciso dizer basta! E tendo em conta a dimensão das necessidades colocadas à Organização Concelhia do Barreiro do PCP, decide adiar a data da sua Assembleia de Organização Concelhia que estava agendada para 19 de Junho de 2010 e realizar na 2ª quinzena de Outubro, com data a anunciar para breve.

Apela ainda à participação e ao empenho na mobilização de militantes e outros barreirense para as acções de luta agendadas pela CGTP-IN para o próximo dia 29 de Março em Lisboa e pela Coordenadora das Comissões de Utentes dos Serviços Públicos do concelho do Barreiro, já para a próxima 6ª feira, dia 21 de Maio pelas 10 horas no parque Catarina Eufémia.

Apela também, pelo que representa para a população e em particular para os trabalhadores do concelho e para a história do Barreiro, à participação na inauguração da estátua à família operária, no próximo dia 22 de Maio no largo Alexandre Herculano (largo das Obras)

Anuncia que no âmbito das jornadas Parlamentares do PCP, a decorrer nos dias 31 de Maio e 1 de Junho, se realiza uma audição pública, na Biblioteca Municipal no dia 31 de Maio entre as 14h30 e as 17h00, sobre as questões da ponte Barreiro-Chelas e o plano da Quimiparque convidando à participação dos Barreirenses.

Apela finalmente a toda a Organização Concelhia do Barreiro para a participação e envolvimento na acção de contacto e esclarecimento no dia 20 de Maio e à participação no Comício do PCP, no mesmo dia às 21h00 na Voz do Operário em Lisboa.


É PRECISO AGIR! É PRECISO DIZER BASTA!


Barreiro, 18 de Maio de 2010

A COMISSÃO CONCELHIA DO BARREIRO