A Assembleia discutiu a situação económica e social do país, assim como os problemas do concelho e da freguesia, e os legítimos anseios e direitos dos Sarilhenses. Destacamos algumas das questões mais relevantes:


É imperioso afirmar que o problema do país não é a falta de dinheiro nem de recursos porque o mundo tem hoje mais dinheiro e recursos. O que acontece é que a distribuição da riqueza criada está cada vez pior: meia dúzia de grandes senhores - os grupos económicos - apoderam-se da distribuição e aumentam as suas grandes fortunas, provocando simultaneamente o aumento da pobreza.


Em nome do "sagrado" défice, que é fruto das políticas de direita do actual e sucessivos Governos dos últimos 32 anos, preparam-se para aprovar e implementar o PEC - "Plano de Estabilidade e Crescimento" - que aponta para o corte nos salários, nas despesas sociais (a começar pelo subsídio de desemprego), o aumento da idade de reforma, a diminuição das deduções à colecta do IRS, o aumento do custo de vida, cortes no investimento público, e para a privatização de empresas estratégicas para a economia nacional, para as entregar aos grupos económicos e dessa forma aumentar ainda mais os seus brutais lucros.


Quando o Governo dito socialista (que de socialista só tem o nome), ofereceu milhões ao sistema financeiro, a Banca e os principais grupos económicos, só nos primeiros 9 meses de 2009 atingiram lucros superiores a 3.100 milhões de euros, e os 5 maiores bancos lucraram, em média, mais de 5 milhões de euros por dia. Esta é a prova provada da monstruosa mentira, e da natureza da crise existente.


É necessário e imperativo criar uma frente de luta contra o PEC, que é um pacto contra os pobres, a favor dos ricos.


O país não precisa de medidas que vão agravar as injustiças sociais, que tornam o país mais dependente e atrasado, ao mesmo tempo que o grande capital vai enchendo os bolsos. O país precisa de uma ruptura com a política de direita, de uma mudança na vida nacional.


No concelho do Montijo, a situação fica marcada também pela posição do Partido Socialista e da Câmara Municipal do Montijo, contra o início do processo da construção do novo Hospital público Montijo/Alcochete e da extensão do Centro de Saúde para Sarilhos Grandes, exigência do PCP e das populações, agora redobrada com o anúncio da construção do novo Aeroporto Internacional.


Em relação a esta matéria o PCP irá propor, na Assembleia da República, no âmbito do PIDDAC, a iniciação dos processos de construção.


Ainda em relação á construção do novo Hospital público Montijo/Alcochete, ao contrário da posição da maioria do PS na CMM, a Câmara Municipal de Alcochete aprovou por unanimidade propor, para inclusão em PIDDAC, o inicio da construção do novo Hospital público do Montijo/Alcochete.


O PCP alerta ainda para o facto, de no protocolo sobre o Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, assinado entre a CMM e o Ministério de saúde, estar previsto a reavaliação dos serviços de urgência, um ano após a entrada em funcionamento do Centro Hospitalar, ou seja no final deste ano, e que esse procedimento poderá ter como objectivo o encerramento parcial ou total das urgências do Hospital do Montijo.


A CMM, numa atitude única na Península de Setúbal, impõe também, a pretexto da crise, a redução drástica das verbas para os protocolos de descentralização de competências para as Juntas de Freguesia, situação que pode levar à não existência de protocolos com a junta de Freguesia de Sarilhos Grandes, com claro prejuízo para a população, com particular relevo nas escolas.


O PCP exige ainda, do Governo e da CMM, a construção de uma escola básica integrada até ao 9º ano em Sarilhos Grandes, um pólo da Biblioteca Municipal, a construção de um Pavilhão Gimnodesportivo, e o acabamento das obras no Juventude Futebol Clube.


A instalação de um posto público dos CTT é também uma exigência da população e do PCP.


O PCP reivindica ainda, da CMM, medidas para melhorar a circulação de trânsito na rua da escola, bem como o pleno funcionamento do parque infantil da Lançada e o arranjo da zona envolvente.


De acordo com o projecto autárquico do PCP, defendemos uma gestão participada e participativa, com estreita ligação às necessidades e aspirações da população, na defesa dos interesses da população e dos serviços públicos, com o princípio de que os seus eleitos não sejam beneficiados pelo exercício do cargo para que foram eleitos.