O PCP vem desta forma saudar a justa e firme luta que os 51 trabalhadores da limpeza e higiene urbana têm vindo a travar na defesa do seu direito a serem integrados com vínculo efectivo na Câmara Municipal de Almada ao abrigo da Lei nº 112 de 29 de Dezembro de 2017.

Os 51 trabalhadores cumprem funções permanentes e essenciais ao serviço público de limpeza e higiene urbana prestado aos munícipes pela CMA.

Por isto, e tendo em conta as possibilidades abertas pela Lei nº 112, de 29 de Dezembro de 2017, o PS só não integrará os 51 trabalhadores nos quadros da Câmara de Almada se não respeitar os direitos dos trabalhadores em causa, se não respeitar o serviço público de limpeza e higiene urbana e se não respeitar a lei.

Reafirmamos todo o empenho do PCP, seja ao lado dos trabalhadores na suas lutas, seja na intervenção dos seus eleitos nos orgãos do Poder Local, em que esta situação seja resolvida pela integração imediata dos 51 nos quadros de efectivos da Câmara Municipal de Almada.

O PCP em Almada tem um longo historial de luta em defesa dos trabalhadores, durante o fascismo e depois do 25 de Abril, nomeadamente contra a destruição de milhares de postos de trabalho na indústria naval e noutros sectores imposta pela política de direita colocada em prática por sucessivos governos PS e PSD com a ajuda do CDS.

Não será com certeza por agora o PS ocupar a presidência da Câmara Municipal que o PCP, os seus militantes e amigos, irá deixar de cumprir o seu papel histórico de defesa dos direitos trabalhadores também no concelho de Almada.

O PCP exorta os trabalhadores e seus representantes a prosseguirem a luta com a mesma coragem, não se deixando intimidar pelo rumo de retrocesso democrático que o PS tenta impor no concelho, de que são exemplo a limitação de direitos sindicais, a recusa em reconhecer os legítimos representantes dos trabalhadores, e outras manobras intimidatórias.

A luta continua!

O Secretariado da Comissão Concelhia de Almada do PCP
Almada, 16 de Abril de 2018