A culpa desta situação tem rostos e responsáveis:


O actual Presidente da República, que em campanha eleitoral vem defender a necessidade de se investir no mar, foi quem promulgou o Decreto Lei para a transformação do Arsenal do Alfeite em SA, sem salvaguardar a importância do Arsenal do Alfeite no desenvolvimento desse investimento.


O actual primeiro-ministro José Sócrates o seu governo e com o apoio da sua bancada na Assembleia da República, do qual Manuel Alegre fazia parte, que no seguimento de uma politica de ataque aos serviços públicos deu instruções para alienar um estaleiro centenário que sempre tinha estado ao serviço da Marinha e do país.


O Ministério da Defesa que denotando um profundo desconhecimento da realidade, quer das potencialidades do Arsenal do Alfeite quer das necessidades da Marinha, pactuou com as instruções dadas por José Sócrates que alertado sucessivamente pelos ORT's para o que se estava a planear, fez orelhas mocas e o resultado está à vista.


A política de direita, que hipotecou a manutenção da frota da Marinha a uma empresa SA cuja única finalidade é a obtenção de lucro à custa de preços mais altos para o erário público e que face aos cortes orçamentais leva a que muitas das reparações anteriormente executadas não sejam realizadas.


A administração do Arsenal do Alfeite, que abraçou de pronto a ideia de que a modernização do Arsenal do Alfeite passava pela transformação do estaleiro em SA, nunca teve em consideração a opinião dos trabalhadores e de quem os representa, que por mais do que uma vez lhe traçaram o cenário do que podia vir a ser o futuro do estaleiro.


Todos atrás citados foram informados pormenorizadamente da situação do Arsenal do Alfeite, das suas capacidades e da opinião dos trabalhadores quanto ao processo de transformação em SA, bem como do futuro que se adivinhava.



Hoje assistimos a um cenário de degradação de um estaleiro com enormes potencialidades, em que o futuro não é promissor por culpa dos governos de direita que têm (dês)governado o nosso país.


Tudo isto é consequência da irresponsabilidade de quem tem que definir estratégias para o futuro quer das empresas quer do país.

Ouvimos agora que é necessário desenvolver a agricultura as pescas a indústria, aproveitar as potencialidades do mar, então não foram os mesmos que as destruíram que neste momento vem apelar a esse desenvolvimento como se não tivessem tido responsabilidades?


O PCP, através do seu Grupo Parlamentar na Assembleia da República e da Célula do PCP no Arsenal do Alfeite foram, juntamente com os trabalhadores denunciando e dando combate a estas medidas da transformação do Arsenal do Alfeite em SA. Medidas que transformaram um estaleiro de uma enorme importância estratégica para Portugal, num estaleiro sem trabalho em sem perspectivas de futuro.

Francisco Lopes, agora candidato à Presidência da República, esteve sempre na primeira linha, enquanto deputado do PCP à Assembleia da República pelo circulo eleitoral de Setúbal, na defesa de um estaleiro público ao serviço dos trabalhadores e do país.

Foi o único candidato que colocou nas prioridades da sua campanha uma visita ao Arsenal do Alfeite e será certamente o único dos candidatos que depois das eleições de dia 23 de Janeiro, continuará a defender um Arsenal do Alfeite ao serviço dos trabalhadores, da marinha e do País.


Dia 23 de Janeiro, o voto em Francisco Lopes é a continuação da luta!



Célula do PCP no Arsenal do Alfeite